O CONFLITO NAS ILHAS SALOMÃO

Segunda, 28 Julho 2003

Honiara (Agência Fides) – Protetorado britânico até 1978, as Ilhas Salomão, arquipélago localizado ao sul do Pacífico meridional, ao norte da Austrália, ainda não superou a guerra civil durante o biênio 1998-2000: continuam ainda hoje os choques entre rebeldes e tropas regulares, não obstante ao acordo de paz assinado em outubro de 2000.
O conflito ocorre entre as forças do governo contra as milícias de Harold Keke, líder do “Movimento de libertação Isatabu”, protagonista da guerra civil, o homem que está aterrorizando a população local. Em dois anos os mortos foram mais de 20.000.
Após o acordo assinado em 2000 com a mediação australiana, os problemas econômicos e sociais que afligem o arquipélago não foram resolvidos. A questão financeira exerce um papel primário na crise: de fato, a criação de um fundo de reserva, o “Fundo de Crédito de Beneficência da Família” havia atraído as economias de milhares de habitantes das Ilhas Salomão. Mas em maio passado a pirâmide financiária desmoronou, obrigando ao fechamento também dos dois principais bancos do país. Tal acontecimento assumiu imediatamente conotações políticas, já que o Primeiro Ministro Allan Kemakeza e outros nomes importantes do governo foram acusados de ter participado do golpe.
A queda financeira dos dois bancos e que queimou as economias de milhares de pequenos comerciantes provocou posteriores novos descontentamentos e fez crescer as tensões sociais. A isto, junta-se a devastação provocado pelo ciclone Zoe, em dezembro de 2002, que aumentou o índice e o nível de pobreza entre a população, causando desespero em muitos.
As Ilhas Salomão, pouco a pouco, caiu em um estado geral de anarquia, com roubos, saques e mortes indiscriminadas. Estes motivos levaram o premir Alan Kemakeza a pedir ao Primeiro Ministro australiano John Howard o envio de um contingente multinacional. Entre as prioridades da força multinacional sob a direção australiana, cuja intervenção foi aprovada pelo Parlamento das ilhas salomão, configura aquela de instaurar a ordem nos territórios controlados pelos rebeldes de Harold Keke.
(PA) (Agência Fides 28/07/2003 – linhas: 27; palavras: 336)


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