Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Juigalpa (Agência Fides) – Diante da superlotação, das condições de degrado nos cárceres do país e dos casos de abusos nas prisões de Juigalpa, o Bispo de Juigalpa (área de San Juan e Rio Chontales), Dom René Sócrates Sándigo Jirón, sugeriu ao Ministro do governo Ana Isabel Morales, que promova um diálogo nacional para enfrentar a questão, com a finalidade de unir esforços na busca de soluções adequadas.
A nota enviada à Agência Fides por uma fonte local aponta: “Os cárceres são uma bomba a mão, e não obstante isso, a Igreja católica ao longo dos anos sempre deu o seu apoio para resolver as exigências dos detentos”. Dom Sándigo Jirón acrescenta. “Antes havia mais disponibilidade dos fiéis para este tipo de compromisso e ajuda. Hoje, o canal de acesso tem muitos obstáculos, o que fez com que muitos voluntários não tenham mais o mesmo entusiasmo, estejam desiludidos e reduzam as ajudas”.
O Bispo insiste na necessidade de “abrir-se ao diálogo, à procura de uma solução. Hoje devemos agradecer as informações que chegam do interior, porque há um jornalismo investigativo, que evidencia tais situações”. Enfim, recordou que a Igreja tem uma vasta preocupação pastoral por toda a população, mas a pastoral nos cárceres é uma das mais importantes.
Na Nicarágua, a Igreja católica, com seus agentes pastorais, está presente há tempos nos cárceres (veja Fides 2/03/2012), não apenas assistindo os detentos, mas também defendendo seus direitos. Notícias apuradas pela Fides indicam que a situação nas prisões é terrível: em celas construídas para 5 ou 7 pessoas, vivem 40. Os detentos têm que fazer rodízios para dormir, porque só cabem todos se ficarem de pé (em Rivas). Existem lugares, como Juigalpa, Granada, Chinandega, Tipitapa e Jinotega, onde a população dos cárceres é muito maior do que a média. Ao que parece, somente na capital a situação está sob controle. (CE) (Agência Fides, 19/12/2013)
