ÁSIA/SÍRIA - A Caritas: negociações de paz, única opção para a crise síria

Sábado, 31 Agosto 2013

Cidade do Vaticano (Agência Fides) – A guerra civil em andamento na Síria só pode ser resolvida através de negociações de paz, afirma uma nota divulgada pela Caritas Internationalis e enviada à Agência Fides. O Secretário-Geral da Caritas Internationalis, o francês Michel Roy, explicou: “O povo sírio não necessita de mais derramamento de sangue, mas do fim urgente do conflito. Necessita de uma trégua imediata. Uma intervenção militar por parte de potências estrangeiras vai complicar a guerra e aumentar o sofrimento”. A nota recorda “as trágicas consequências das intervenções militares no Iraque, no Afeganistão e na Líbia”.
Por isso, afirma a nota enviada a Fides, a “Caritas considera que a única solução humanitária seja a negociação. O diálogo pode acabar com a guerra na Síria, proteger a vida das pessoas e construir um futuro sustentável para todos. A prioridade deve ser relançar as negociações em Genebra como o primeiro passo rumo a um cessar-fogo e a um acordo de paz”.
A Caritas afirma que o suposto uso de armas químicas em Damasco evidenciou como a situação humanitária tenha se tornado catastrófica para milhões de pessoas na Síria. O uso de armas químicas é um crime horrível”. A Caritas condena todos os ataques contra os civis: “Segundo o direito internacional, os combatentes têm o dever de proteger a vida dos civis”. A comunidade internacional, – acrescenta a Caritas –“tem a obrigação de encontrar um fim para o sofrimento do povo sírio, e isso só pode ser feito através de um amplo diálogo”.
Enquanto isso, a Caritas Síria e outros parceiros da Igreja continuam a fornecer assistência humanitária a milhares de cidadãos e refugiados sírios, sem qualquer discriminação por etnia, credo religioso ou político. Dom Antoine Audo, Arcebispo caldeu de Aleppo e presidente da Caritas Síria, disse: “Fazemos votos de que o apelo do Papa Francisco por um autêntico diálogo entre as partes em conflito possa ser um primeiro passo para deter os combates”. (PA) (Agência Fides 31/08/2013)


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