ÁFRICA/MALI – Reações contrastantes ao acordo de paz para Kidal

Quarta, 19 Junho 2013

Bamako (Agência Fides)-Assinado ontem, 18 de junho, em Uagadugu, capital de Burkina Fasso, o acordo entre as autoridades de Mali e os dois grupos de rebeldes tuareg que controlam a cidade de Kidal, no norte do país, o MNLA (Movimento Nacional para a Libertação de Azawad) e o HCUA (Alto Conselho para a Unidade de Azawad).
O acordo prevê o cessar-fogo, o retorno do exército maliano a Kidal, o reagrupamento dos rebeldes e o posicionamento na região de uma força internacional de garantia. Kidal era a única cidade que ainda não estava sob controle do exército maliano.
“O acordo foi acolhido de maneira diferente pela população maliana. Os pareceres são divergentes”, afirma à Agência Fides Pe. Edmond Dembele, Secretário-Geral da Conferência Episcopal do Mali. “Uma parte da opinião pública está satisfeita porque os acordos assinados ontem permitirão ao exército maliano entrar em Kidal, recuperando a integridade territorial do país. Além disso, permitirão realizar as eleições em todo o território do Mali, um sinal importante do regresso da paz”. “De outro lado – prossegue o sacerdote –, há quem pensa que o Estado maliano não obteve, com a assinatura dos acordos, o desarmamento imediato dos homens dos dois grupos rebeldes toureg e considera que não saiu vencedor da negociação. A impressão, em todo caso, é que a maior parte da população acolheu de maneira favorável o acordo de paz, porque quer o restabelecimento rápido da normalidade”.
“O desafio agora é a preparação das eleições que terão lugar daqui um mês e 10 dias. O Estado deverá, em especial, restabelecer a própria administração nas regiões do norte”, conclui Pe. Dembele. (L.M.) (Agência Fides 19/6/2013)


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