AMÉRICA/MÉXICO - Mortos dois migrantes que tinham denunciado extorsões, a Igreja pede proteção

Segunda, 3 Junho 2013

San Cristobal de las Casas (Agência Fides) – A morte de duas mulheres migrantes hondurenhas ocorrida em 20 de maio no Chiapas, no sul do México, foi uma vingança por parte de um grupo criminoso que vive da extorsão dos migrantes sem documentos. As duas mulheres tinham denunciado o crime.
Foi o que revelou no domingo, 2 de junho, o Bispo de San Cristóbal de Las Casas, Dom Felipe Arizmendi Esquivel.
Depois da Missa de Domingo, Dom Arizmendi se dirigiu à imprensa porque considera "uma vergonha em nível internacional" o fato de o México “não fornecer maior proteção aos que viajam" no território mexicano. “Em seus países de origem, em especial em El Salvador, Honduras e Nicarágua, essas pessoas, não encontrando o modo para melhorar suas condições econômicas, mesmo sofrendo a violência das maras (bandas) e sabendo dos perigos aos quais estão expostas, tentam atravessar o México rumo aos Estados Unidos”, afirmou o Bispo.
Na nota enviada a Fides, Dom Arizmendi recordou que a Igreja, em inúmeras ocasiões, denunciou a situação dos imigrantes na região de Palenque, no Estado do Chiapas, que "são abordados por grupos criminosos que lhes tiram dinheiro, agridem e, nos piores casos, os matam". Infelizmente, acrescentou o Bispo, os fatos desses dias demonstram que "ainda não foram adotadas as medidas necessárias para prevenir os crimes ou, pelo menos, reduzi-los".
A Igreja Católica, várias vezes, sugeriu aos militares que seguissem o trem para proteger os migrantes.
“No casso de Suleida Raudales Flores e Cynthia Carolina Cruz Bonilla, assassinadas em 30 de maio, elas tinham denunciado dois dias antes a extorsão da qual tinham sito vítimas. De algum modo o grupo criminoso foi informado, as identificaram, pararam o trem e depois as mataram a sangue frio", disse o Bispo. (CE) (Agência Fides, 03/06/2013)


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