OCEANIA/PAPUA NOVA GUINÉ – Bispos: três boas razões para ser contra a pena de morte

Segunda, 27 Maio 2013

Port Moresby (Agência Fides) – Os Bispos de Papua Nova Guiné e Ilhas Salomão reiteram o seu “não” à pena de morte, enquanto o país abre o debate sobre a nova lei de segurança nacional. A pena de morte é já prevista no Código penal de Papua, mas limitada ao caso de “homicídio voluntário”. Nunca foi efetivamente praticada, mesmo que existam alguns condenados nos corredores da morte. O governo está levando em consideração ampliar a pena de morte para outros crimes como o estupro, o homicídio, crimes por bruxaria, apropriação ilegal de verbas públicas.
Como informa à Fides uma nota de pe. Victor Roche, SVD, Secretário Geral da Conferência Episcopal, a Igreja local oferece ao debate público três razões para rechaçar a pena capital. A primeira: ela é contra a Bíblia e contra os princípios cristãos, contra o mandamento “não matar”. Já que Deus é o autor da vida, “nem a magistratura nem o governo têm o poder de tirar a vida de alguém”. A segunda razão é que “a pena de morte não reduziu o índice de criminalidade nos países em que é aplicada e Papua não será uma exceção”. “Melhorar o sistema de justiça e dar a certeza da pena são inibidores melhores do crime”, notam os Bispos. Em terceiro lugar, a Igreja pede: “Quem executará os criminosos condenados à morte na Papua Nova Guiné Serão compatriotas ou estrangeiros pagos? Se forem compatriotas, podem acontecer assassinatos por vingança contra as famílias dos carnífices”, e, portanto, esta medida poderia “provocar lutas tribais”, em detrimento da harmonia na sociedade. (PA) (Agência Fides, 27/05/2013)


Compartilhar: