ÁSIA/SÍRIA – Apelo da Igreja sírio-ortodoxa: "Existe esperança: façam mais para libertar os nossos bispos"

Segunda, 27 Maio 2013

Damasco (Agência Fides) – "Existe um pouco de esperança em relação aos dois bispos de Aleppo seqüestrados na Síria um mês atrás. Pedimos para que se difundam os vídeos recentes dos dois bispos e que a Coalizão Nacional da Oposição síria faça todo o esforço possível para libertá-los": foi o que disse à Agência Fides o bispo metropolitano Timoteo Matta Fadil Alkhouri, Assistente Patriarcal no Patriarcado sírio-ortodoxo de Antioquia, confrade do Bispo sírio-ortodoxo Gregorio Yohanna Ibrahim, nas mãos dos seqüestradores assim como o bispo greco-ortodoxo Boulos al-Yazigi. Dois dias atrás, em Istambul, Abdul Ahad Steipho, diretor da Coalizão Nacional da Oposição síria, ao aproximar-se de um encontro, disse aos cronistas que "dois ou três dias atrás um médico visitou os dois bispos. "Estão bem", disse ele sem fornecer mais detalhes sobre os seqüestradores. "Recebemos com alegria e trepidação esta notícia, mesmo se não tivemos nenhuma confirmação ou certeza. "Agora sabemos que existe alguém que teve contato direto com os bispos. Isso renova a nossa esperança, essas vozes nos confortam, mas é preciso fazer mais", explica o Bispo à Fides. "Não sabemos bem de quem e de onde vêm essas informações. Os líderes da Coalizão Nacional da Oposição – prossegue – nos disseram que tiveram notícias, mas não que eles têm o controle sobre a situação. Segundo afirmações dos Governos da Síria, Turquia e Líbano, os bispos se encontrariam na área de Aleppo e Turquia, na área de confim, em território sírio. Essa área está fora do controle dos Governos sírio e turco. "Existem outros grupos armados a controlá-lo". A Igreja sírio-ortodoxa auspicia uma reviravolta real: “Hoje, lançamos um apelo para entender o que querem os grupos que os detêm, e porque publicam provas certas, como fotos e vídeos, para confirmar que estão vivos. Estamos prontos a fazer qualquer coisa por eles: queremos entrar em contato com os sequestradores. Ainda não sabemos nada de preciso, não recebemos pedidos. Por isso, continuamos a manter estreito contato com os governos, com a oposição síria e com os líderes islâmicos, mas não basta”, diz o Metropolita.
“Esta notícia – reitera o Bispo – dá esperança ao povo sírio. Nós nos preocupamos pelos Bispos e pelos sacerdotes sequestrados, mas também por toda a população: nossos fiéis cristãos estão deixando o país, a hemorragia continua e é muito dolorosa para nós”.
A solidariedade expressa pelas Igrejas em todo o mundo “é um conforto precioso”: “Continuamos a rezar todos os domingos pelos bispos, a celebrar Missas na Síria, no Oriente Médio e em outros países do mundo. Agradecemos todos e confiamos em Deus. Pedimos ao Papa Francisco que reze por nós”. (PA) (Agência Fides 27/5/2013)


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