ÁSIA/IRÃ - Ordem de fechamento a uma igreja protestante, continua a pressão sobre as igrejas

Sábado, 9 Junho 2012

Teerã (Agência Fides) - Uma igreja protestante da "Assembleia de Deus" no bairro Janat-Abad, em Teerã, recebeu ordem de fechamento imediato de funcionários da ‘intelligence’ da Guarda Revolucionária Iraniana. Segundo fontes locais, o Pastor que liderava a comunidade recebeu ordem de cancelar todas as atividades da igreja. Os fiéis cristãos que a frequentavam ficaram repentinamente sem um lugar de culto, afirma uma nota enviada à Fides pela Ong "Christian Solidarity Worldwide" (CSW). A Guarda Revolucionaria é conhecida por empregar métodos agressivos e intervir em situações consideradas como “ameaças à segurança nacional ou à estabilidade” do país. Suas intervenções em questões de liberdade religiosa são bastante preocupantes, como nota a CSW. Fontes locais confirmam que todas as igrejas cristãs de Teerã que celebram seus cultos em farsi (língua nacional) foram ameaçadas de fechamento e as autoridades têm intenção de eliminá-las completamente.
O fechamento da igreja da Assembleia de Deus é a mais recente medida da pressão iniciada em fins de 2011, quando em Ahwaz uma igreja desta mesma denominação foi ocupada e todos os presentes detidos, inclusive as crianças da escola dominical. Em 2012, os líderes das igrejas anglicanas de São Pedro e São Paulo em Esfahan foram presos pela polícia e um deles foi libertado em maio, após pagar uma caução de cerca de 40 mil dólares. Um mês atrás, os líderes de outro templo da Assembleia de Deus no centro de Teerã denunciaram controles, inspeções e intrusões a todos os membros da comunidade. Recentemente, membros da Igreja presbiteriana de Emanuel, em Teerã, foram presos e a igreja teve que cessar suas atividades semanais, com exceção dos serviços litúrgicos dominicais. Desde o início de 2012, registra-se no Irã um aumento das detenções, perseguições, processos e encarceramentos de convertidos ao cristianismo, de modo especial em Teerã, Kermanshah, Esfahan e Shiraz. Segundo a CSW, trata-se de uma “evidente estratégia para apresentar a atividade cristã como um perigo para o Estado”. (PA) (Agência Fides 9/6/2012)


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