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Monróvia (Agência Fides) – “O apelo do Papa contribui seguramente a manter acesos os refletores da comunidade internacional sobre a dramática situação na Libéria”. Assim um missionário comenta para a Agência Fides o apelo em favor da paz na Libéria que o Papa João Paulo II lançou na quarta-feira, 2 de julho, durante a audiência geral.
“O povo espera como quem espera um milagre a chegada de uma força de paz internacional”, continua a fonte da Agência Fides que por motivos de segurança não que ser citada. “ A perspectiva de uma intervenção de tropas americanas anunciada há alguns meses trouxe um pouco de esperança à população resignada ao pior”.
“O Presidente Charles Taylor está contra a parede e não tem muito a perder”, continua o missionário, “por isto, se teme uma batalha que não poupará a população civil”.
Taylor é procurado pela comunidade internacional que o acusa de crimes de guerra por ter apoiado a guerrilha em Serra Leoa. O Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush recentemente declarou que “Taylor deve ir embora. Imediatamente!. “Infelizmente – comenta o missionário – as coisas não são tão simples. O problema não é apenas Taylor, mas todo um ambiente corrupto ligado ao presidente liberiano, que tem todo o interesse em manter a situação instável na Libéria. Também a guerrilha, o LURD (Liberianos Unidos pela Reconciliação e a Democracia) e o MODEL (Movimento pela Democracia em Libéria), que lutam contra Taylor, não oferecem uma alternativa digna de crédito. Se trata de um conflito entre bandos para o controle do poder e dos recursos do país”.
Conclui o missionário: “Na Libéria, atualmente existe o conflito étnico, com o enfraquecimento de Taylor retornaram velhos rancores e rivalidades e muitos querem acertar as contas suspensas com o sangue. Eis porque a saída de cena de Taylor, por si, não trará a paz”.
(L.M) (Agência Fides 3/7/2003 – linhas:24; palavras: 316)
