ÁFRICA/COSTA DO MARFIM - “PEQUENOS PASSOS EM DIREÇÃO À PAZ, UMA SOLUÇÃO REGIONAL PARA OS BANDOS ARMADOS QUE ATUAM NOS CONFINS ENTRE A LIBÉRIA E COSTA DO MARFIM”

Sexta, 23 Maio 2003

Abidjan (Agência Fides) – “A política dos pequenos passos está trazendo resultados” disse à Agência Fides Pe. Lionello Melchiorri (SMA), comentando a notícia da reunião do Conselho de Governo ocorrida em 22 de maio, em Bouaké, a principal cidade tomada pelos rebeldes do Movimento Patriótico da Costa do Marfim . “Este encontro é importante porque se pretende mandar um sinal à nação de querer preservar a unidade do País em seu desejo de continuar na estrada da paz”. As reuniões anteriores do Conselho de governo ocorreram na cidade sob o controle do governo de Abidjan e Yamoussoukro.
O Conselho do governo de unidade nacional era presidido pelo primeiro ministro Diarra e decidiu conceder uma anistia entre dez dias. Permanece porém ainda o problema do desarmamento das várias milícias que se formaram desde quando estourou a guerra civil em setembro do ano passado. Os rebeldes querem que também o exército deponha as armas; o governo se opõe por motivo que o País não pode permanecer sem forças armadas.
“Se no plano político o diálogo avança, ainda que através de mil dificuldades, no oeste a situação é ainda muito preocupante devido à presença de mercenários liberianos, contratados por ambas as partes, e que agora foge ao controle de quem lhes havia contratado” disse Pe. Lionello. “São sobretudo eles os responsáveis pela situação de insegurança na qual mergulhou a parte ocidental da Costa do Marfim. A presença destes grupos armados que se mudam de um país ao outro, é um problema que pode ser enfrentado somente a nível regional, envolvendo, além da Costa do Marfim, Libéria, Serra Leoa, Guiné e Burkina Faso” conclui Pe. Lionello.
Um sinal positivo no plano regional, foi o anúncio de um próximo encontro dos responsáveis militares da Costa do Marfim e Burkina Faso, para discutir a reabertura das vias de comunicação entre os dois países. O bloco dos coligamentos entre os dois países de fato danejou a economia de ambos. (L.M) (Agência Fides 23/5/2003 linhas: 27; palavras: 350)


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