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Bogotá (Agência Fides) - “Nós, que formamos a Igreja, leigos, religiosos, sacerdotes e Bispos, reconhecendo nossos limites, nos comprometemos em elevar a nossa voz profética que denuncia a mentira e a corrupção e que anuncia a verdade, que é a defesa da vida, desde a concepção até a morte natural, a dignidade das pessoas, a igualdade de oportunidades e a honestidade, para construir, todos juntos, um país no qual todos podem se reencontrar e no qual não existam marginalizados”. É o que afirmam os Bispos colombianos, no comunicado final de sua Assembléia Plenária, celebrada de 5 a 10 de fevereiro, em Bogotá (Colômbia), na qual lançam um forte apelo à reconciliação e à busca da verdade.
Os Bispos afirmam que a mentira “é uma das causas de todo conflito e o principal obstáculo a todo esforço de negociação política”. Por isso, é necessário entrar no percurso da verdade, e deste modo, “fechar as feridas provocadas pela violência”. Segundo o comunicado, o país “reclama iniciativas concretas nas esferas políticas nacionais, departamentais e locais... com o objetivo de deter a corrupção e purificar as instituições democráticas, de modo que sejam uma resposta efetiva às questões urbanas de inclusão, participação e justiça social”. Eles também exigem a verdade “para esclarecer os sinais de uma perseguição sistemática por parte de diversos setores, grupos e pessoas, em relação aos valores que a Igreja defende, que nascem do Evangelho e se baseiam no respeito pela vida, a dignidade e a família”. Pedem também aos meios de comunicação que lhes ofereçam sua contribuição para a construção de uma sociedade na qual reine a verdade.
O apelo à reconciliação e à verdade dos Bispos requer também “um esforço nacional para estabelecer condições de justiça”. Embora a economia tenha crescido - recordam os Bispos - a pobreza se agravou. Por isso, lançam um apelo a todos os setores envolvidos para que não se esqueçam que a “economia deve estar a serviço do homem, orientada à solução dos problemas do desemprego, da eliminação da fome e do atendimento às necessidades do país”.
Em relação ao conflito armado que continua a afetar amplos setores da população, os Bispos reafirmam sua disposição em “acompanhar todos os processos que conduzem à construção da Colômbia pacífica”, e auspiciam a realização de acordos humanitários “que conduzam à eliminação do fenômeno dos seqüestros com objetivo de extorsão, da agressão à sociedade civil, aos deslocamentos de pessoas”.
“A Igreja - conclui o comunicado - continuará a anunciar uma mensagem de esperança, e convida a um acordo nacional pela paz e a reconciliação, no qual cada um dê sua própria contribuição para acelerar um projeto de nação no qual todos tenham um espaço digno e possibilidades de realização como cidadãos e filhos de Deus”. (RG) (Agência Fides 14/2/2007)
