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Cidade do Vaticano (Agência Fides) - “Somos todos conscientes da riqueza que, para a comunidade eclesial, constitui o dom da vida consagrada na variedade de seus carismas e instituições. Juntos, agradecemos a Deus pelas Ordens e Institutos religiosos dedicados à contemplação, ás obras de apostolado, pelas Sociedade de Vida apostólica, pelos Institutos seculares e por outros grupos de consagrados, assim como por aqueles que, no íntimo de seus corações, dedicam-se a Deus com especial consagração”. Assim escreve Papa João Paulo II em sua Exortação apostólica pós-sinodal “Vida consecreta” (n.2), depois da Assembléia Ordinária do Sínodo dos Bispos, celebrada em outubro de 1994.
Na festa litúrgica da Apresentação de Jesus ao Templo, em 2 de fevereiro, Papa João Paulo II estabeleceu a celebração do Dia Mundial da Vida consagrada: o primeiro foi celebrado em 2 de fevereiro de 1997. Na mensagem para a circunstância (6 de janeiro de 1997), o Papa explicava que este Dia “quer ajudar toda a Igreja a valorizar sempre mais o testemunho das pessoas que escolheram seguir Cristo de perto, mediante a prática dos conselhos evangélicos, e, ao mesmo tempo, quer ser para as pessoas consagradas uma ocasião propícia para renovar seus propósitos e sentimentos que inspiram sua doação ao Senhor”.
A contribuição da Vida Consagrada ao apostolado da Igreja é dada pelos Institutos de Vida Religiosa (de vida ativa), mas também pela Vida Consagrada Contemplativa (monges e monjas), e pelos Institutos seculares, “institutos em que os fiéis, vivendo no mundo, tendem à perfeição da caridade e se comprometem com a santificação do mundo, principalmente agindo em seu contexto” (can. 710 CIC). Com sua vida de doação, sacrifício e incessante oração, as monjas oferecem também uma contribuição preciosa para a atividade evangelizadora da Igreja. Não podemos esquecer, neste quadro geral, a preciosa contribuição das Sociedades de Vida Apostólica, cujos membros, sem votos religiosos, “perseguem o fim apostólico próprio da Sociedade, e, conduzindo vida fraterna em comum, segundo um estilo próprio, tendem à perfeição da caridade, mediante a observância das constituições”.
Segundo dados do mais recente Anuário Estatístico da Igreja (de 31 de dezembro de 2004), os religiosos não-sacerdotes no mundo são 55.030, 410 a mais em relação ao ano precedente. O aumento foi registrado na África (+421), Ásia (+553), América (+22) e Oceania (+66). A única diminuição sensível foi na Europa (-652).
As religiosas são no total 767.459, e se reduziram em relação ao ano anterior de 8.810 unidades. Enquanto registram-se aumentos na Ásia (+2.511) e na África (+1.066), as diminuições concentraram-se na Europa (-8.790), América (-3.369) e Oceania (-228).
Os membros dos Institutos seculares masculinos são no total 672, com uma diminuição global de 19, em relação ao ano precedente. O único aumento foi registrado na África. Os membros de Institutos seculares femininos também se reduziram no total de 646 unidade, e contam, no total, 28.270 membros. A redução mais consistente foi na Europa (- 793) e em forma mais leve, na Oceania (-2).
Presidindo a celebração do X Dia da Vida Consagrada, em 2 de fevereiro de 2006, Papa Bento XVI disse aos religiosos e religiosas presentes na Basílica Vaticana: “Que o Senhor renove a cada dia, em vocês e em todas as pessoas consagradas, a resposta alegre a seu amor gratuito e fiel. Como círios acesos, irradiem sempre e em todo lugar o amor de Cristo, luz do mundo. Maria Santíssima, a Mulher consagrada, os ajude a viver plenamente esta sua especial vocação e missão na Igreja, para a salvação do mundo”.
A notável contribuição das religiosas para a evangelização em diversas partes do mundo foi várias vezes acompanhada pelo sacrifício da própria vida. Em 2006, três religiosas foram assassinadas, na Ásia, América e África: Irmã Maria Yermine Yamlean, das Filhas de Nossa Senhora do Sagrado Coração (FDNSC), residente no convento de Jalan Pattimura, na cidade de Ambom, capital das ilhas Molicas, foi morta na manhã de 10 de março de 2006, por um intruso que invadiu o convento. Irmã Karen Klimczak, das irmãs de São José de Buffalo (SSJ), foi morta na cidade de Buffalo, estado de Nova Iorque (Estados Unidos), na Sexta-feira Santa, 14 de abril de 2006, por um jovem ex-detento que ela ajudava a reintegrar-se na sociedade. Irmã Leonella Sgorbati, Missionária da Consolata, foi assassinada em 17 de setembro de 2006 em Mogadíscio (na Somália, a tiros, enquanto se dirigia ao hospital no qual trabalhava, por sicários que a aguardavam atrás de um automóvel. (S.L.) (Agência Fides 1/2/2007)
