ÁSIA/FILIPINAS - Os Bispos pedem ao governo maior esforço para pôr fim ao período dos homicídios políticos e para garantir eleições regulares e transparentes

Manila (Agência Fides) - Maior esforço para pôr fim ao doloroso período dos homicídios extrajudiciais, realizados em absoluta impunidade; e garantias para que as eleições gerais, previstas para maio deste ano, sejam regulares e transparentes, evitando os escândalos do pleito de 2004. Estes foram os pedidos feitos ao governo de Manila pelos Bispos filipinos, na conclusão da Assembléia da Conferência Episcopal, realizada em Manila de 23 a 28 de janeiro.
Segundo o Episcopado, “as respostas do governo e do exército ao vergonhoso rastro de homicídios extrajudiciais contra indefesos ativistas da justiça e da igualdade são, no mínimo, insatisfatórias, e as simples declarações não muito convincentes”.
As duas comissões (uma civil e a outra militar), instituídas pelo governo para investigar o fenômeno, não deram resultados até agora ou o resultado não foi divulgado. Em uma das duas comissões, a “Comissão Melo” (do nome do senador Jose Melo que a preside), o bispo católico Dom Juan de Dios Pueblos foi convidado a participar, o qual disse que, durante as investigações, foram encontraram provas de que membros do exército e de corpos paramilitares foram envolvidos na cadeia de homicídios.
Sobre as eleições de maio próximo, Dom Angel Lagdameo, Presidente da Conferência Episcopal, mobilizou as paróquias, as comunidades locais e as associações eclesiais: “Desta vez, devemos nos mover com mais eficácia em relação ao passado, para tornar as eleições críveis e livres da violência”, disse. É importante também que as pessoas “escolham pessoas sábias, prudentes e com experiência”, destacou, deixando aos Bispos das diversas dioceses a possibilidade de difundir indicações ou um pequeno vademecum de princípios em vista das eleições.
Os Bispos também se ocuparam das difíceis condições de vida da população que mora nas áreas rurais e da urgência em garantir uma casa digna aos pobres que vivem à margem das grandes cidades e nas periferias degradadas. (PA) (Agência Fides 29/1/2007)