AMÉRICA/BOLÍVIA - “Queria pedir, em nome de Deus, que evitassem brigar entre irmãos”: apelo à oração do Arcebispo de Cochabamba depois dos graves conflitos que causaram 2 mortos e 70 feridos

Quarta, 17 Janeiro 2007

Cochabamba (Agência Fides) - “A minha palavra não tem a capacidade de resolver um problema assim tão grave como esse que estamos vivendo. Mas queria pedir, em nome de Deus, que evitassem brigar entre irmãos. O conflito não leva a nada, porque a violência produz somente mais violência. Por isso, por favor, ponhamos de lado os rancores e os ódios nos nossos corações”. São as palavras pronunciadas em tom preocupado e com profunda dor por Dom Tito Solari, Arcebispo de Cochabamba, depois dos graves conflitos ocorridos ontem na cidade, em conseqüência do conflito que eclodiu na segunda-feira, 8 de janeiro. O conflito reflete a oposição dos camponeses em relação aos seguidores do prefeito da região Manfred Reyes Villa, por conta da intenção desses últimos de convocar um referendum sobre a introdução de um regime autônomo no seu distrito (ver Fides 11/1/2007).
Nos violentos combates de ontem houve pelo menos 2 mortos e quase 70 feridos. A praça principal da cidade foi ocupada por camponeses que pediam a demissão do Prefeito, enquanto diversas tropas saíam às ruas da cidade para evitar novos conflitos. Dom Solari, profundamente abalado pelos dramáticos episódios de violência, conclamou à oração para restabelecer a paz: "Em Cochabamba estamos vivendo um dia de profunda dor, depois dos graves conflitos que causaram muitos mortos e feridos. Começamos hoje um dia de violência e sentimos que este é o princípio de um drama muito maior se não vier logo uma solução por parte de quem tem responsabilidade… acompanhem-nos nesta oração".
Poucas horas antes, havia pedido às autoridades para “encontrar caminhos que nos restituam a paz” e a todos para “erguer orações a Deus, porque Cochabamba está vivendo um momento delicado. Precisamos da ajuda de Deus como meio de salvação e de graça, para que o nosso país, a nossa pátria, a nossa cidade retome a estrada da vida”. (RG) (Agência Fides 12/1/2007)


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