VATICANO - O Papa aos estudantes universitários: “O Mistério eucarístico constitui o ponto de convergência privilegiado entre os diversos âmbitos da existência cristã, inclusive o da busca intelectual”

Cidade do Vaticano (Agência Fides) - No final da Celebração Eucarística para os estudantes universitários de Roma em preparação ao Santo Natal, celebrada pelo Cardeal-Vigário Camillo Ruini na Basílica Vaticana, na tarde de 14 de dezembro, o Santo Padre Bento XVI dirigiu um discurso aos estudantes, aos docentes e às autoridades eclesiásticas. “Os dons natalinos nos recordam o dom por excelência, que o Filho de Deus fez de si mesmo a nós, na Encarnação”, disse o Papa. Entre os dons que as pessoas trocam nesses dias, é importante não esquecer o Dom principal, do qual os outros dons são somente um símbolo. “Natal é o dia no qual Deus doou si mesmo à humanidade e este seu dom se torna, por assim dizer, perfeito na Eucaristia - prosseguiu o Santo Padre, recordando que neste ano os jovens estão refletindo sobre o tema da Eucaristia -. O Mistério eucarístico constitui o ponto de convergência privilegiado entre os diversos âmbitos da existência cristã, inclusive o da busca intelectual. Encontrado na liturgia e contemplado na adoração, Jesus-Eucaristia é como um ‘prisma’ através do qual se pode penetrar melhor na realidade, seja na perspectiva ascética e mística, que na intelectual e especulativa, como também na perspectiva histórica e moral. Na Eucaristia, Cristo realmente está presente e a Santa Missa é vivo memorial da sua Páscoa. O Santíssimo Sacramento é o centro qualitativo do cosmo e da história. Por isso, constitui uma fonte inesgotável de pensamento e de ação para qualquer pessoa que se coloca em busca da verdade e que quer cooperar com esta. É, por assim dizer, um "concentrado" de verdade e de amor. Ilumina não somente o conhecimento, mas também e, sobretudo, o agir do homem”.
No início do ano acadêmico, muitos jovens universitários realizaram uma peregrinação diocesana a Assis, e o Papa destacou que são Francisco e santa Clara na Eucaristia “experimentaram o amor de Deus, aquele mesmo amor que, na Encarnação, levou o Criador do mundo a fazer-se pequeno, ou melhor, o menor e o servo de todos”. Por conseguinte, na iminência do Santo Natal, convidou os jovens a fixarem o olhar “sobre o menino envolvido em panos e deposto em uma manjedoura” e a colocarem-se na escola da Virgem Maria, “a primeira que contemplou a humanidade do Verbo encarnado, a humanidade da Divina Sabedoria”. (S.L.) (Agência Fides 15/12/2006)