Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Colombo (Agência Fides) - Sri Lanka está vivendo uma guerra civil e uma profunda crise humanitária. É uma emergência que deve ser atendida o mais rápido possível, com a ajuda da comunidade internacional. É este o apelo lançado por Jack de Groot, leigo e católico, Diretor da Caritas Australia, que pediu o imediato cessar-fogo e a criação de uma Comissão para buscar a solução para deter a violência crescente.
O Diretor lançou o alarme enquanto a equipe da Caritas Austrália está engajada no campo, em diversas áreas de Sri Lanka, tentando limitar a emergência, sobretudo assistindo os mais de 500 mil desabrigados que continuam, a aumentar, num país novamente precipitado na instabilidade social.
A insegurança geral e as estradas interditadas impedem a passagem de ajudas humanitárias e de voluntários que se dedicam a assistir a população civil em dificuldade, carente de alimentos e medicamentos.
A Caritas pede três ações específicas para promover a “paz sustentável”: em primeiro lugar, a imediata cessação das hostilidades, com um acordo que permita instituir uma Comissão multilateral para deter a violência; em segundo lugar, pede-se o cumprimento do acordo de Oslo, que garante o início da paz no país, renovando seus pontos principais para que seja duradoura. Enfim, propõe-se a abertura de um inquérito independente para esclarecer as violações de direitos humanos perpetradas por ambas as partes.
A Caritas apóia a iniciativa humanitária atuada por Austrália, União Européia, Suécia, Canadá, Estados Unidos, que estão tentando também elaborar um plano diplomático para reaproximar as partes em conflito.
A organização católica australiana engajou-se nas ajudas humanitárias e na reconstrução em Sri Lanka após o tsunami de 2004. O conflito em andamento bloqueou muitos programas de ajuda iniciados depois do maremoto e a obra dos voluntários tornou-se mais perigosa. Em abril de 2006, dois agentes da Caritas cingalesa foram mortos na explosão de uma mina, na área de Jaffna. (PA) (Agência Fides 28/11/2006)
