ÁFRICA/ RD CONGO - Eleições: o empenho da Igreja pela transparência. 1.446 observadores católicos apenas da Arquidiocese de Kinshasa

Segunda, 20 Novembro 2006

Kinshasa (Agência Fides)- Durante a segunda rodada das eleições presidenciais congolesas, apenas na Arquidiocese de Kinshasa haviam 1.446 observadores eleitorais católicos. É o que informa a Agência católica DIA, da capital da República Democrática do Congo, que fornece algumas indicações sobre o trabalho desempenhado por estas pessoas: 30 horas de trabalho, nas quais percorrem no total 200 km, para recolher as cédulas dos observadores e da contagem dos votos. O mesmo número de horas e de km foi necessário para recolher a síntese dos relatórios provenientes de decanatos e paróquias.
O coordenador das atividades dos observadores eleitorais católicos era Nicodème Kalonji Ngoyi, presidente da Comissão das Comunidades eclesiais de base, que explicou que estas pessoas são animadas pelo desejo de contribuir com a paz, assegurando eleições livres e transparentes.
Segundo Nicodème Kalonji Ngoyi, a forte participação dos observadores católicos demonstrou a maturidade do laicato congolês. Os representantes da Igreja católica, além de se engajar na linha de frente e garantir o correto andamento do pleito, em diversas vezes, pagaram de seus bolsos as cópias da documentação necessária para exercer esta função.
A Igreja católica congolesa acompanhou e seguiu seja a campanha eleitoral como as duas rodadas do voto, com uma atenta obra de formação do eleitorado. As eleições deste ano são as primeiras realmente livres da história do país, depois de mais de 40 anos.
O atual Presidente, Joseph Kabila foi declarado vencedor pela Comissão eleitoral independente (veja Fides 16 novembro 2006). Seu concorrente Jean-Pierre Bemba apresentou recurso à Corte Suprema de Justiça, chamada a confirmar ou rechaçar o resultado emitido pela Comissão. (L.M.) (Agência Fides 20/11/2006)


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