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Cuautitlán Izcalli (Agência Fides) - “Consideramos que os governos têm a obrigação de cuidar de suas fronteiras, todavia não devem ofender os direitos humanos; por isso, a ereção de muros e a aplicação de medidas desumanas para controlar a emigração não parecem ser a resposta justa nem apropriada para enfrentar um dos desafios mais complexos do século XXI”: é que o afirmam os Bispos mexicanos em um comunicado publicado em 15 de novembro, no decorrer de sua Assembléia Plenária, no qual mostram viva preocupação pelo fenômeno migratório.
Apesar dos Estados Unidos terem incrementado nos últimos anos suas iniciativas, tentando reforçar a segurança na fronteira, todavia, não conseguiram reduzir a emigração do México em direção ao norte, escrevem os Bispos, “o único efeito que essas medidas tiveram foi o aumento do tráfico de clandestinos, o que tornou mais perigoso o percurso e, como resultado, milhares deles morreram”. “É claro que a construção de muros e a aplicação exagerada de medidas para deter a imigração - continua o comunicado -, nunca representará uma solução justa para enfrentar o fenômeno da emigração". Além disso, para os Bispos, mais preocupante do que os muros materiais “são os muros intangíveis, os da intransigência e da intolerância, como os muros da falta de uma efetiva negociação entre os governos das nações envolvidas”. Os Bispos concluem: “São esses os muros que devem ser realmente destruídos, para criar entre as nações autênticos vínculos que levem soluções justas ao mundo de hoje”.
Durante a Assembléia da Conferência Episcopal Mexicana (Cem) foi eleito o Conselho de Presidência para o triênio 2006-2009: Dom Carlos Aguiar Retes, Bispo de Texcoco, é o novo Presidente da CEM; Dom José Leopoldo González González, Bispo Auxiliar de Guadalajara, foi eleito Secretário-geral. (RG) (Agência Fides 16/11/2006)
