ÁFRICA/MALI - As novas tecnologias das telecomunicações e da informática promovem o desenvolvimento na África: este é tema de um encontro em Mali

Bamako (Agência Fides)- Abriu-se em Bamako, em Mali, a Novatech 2006, um encontro internacional dedicado à tecnologia da informação e ao comércio eletrônico ocidental e central. O objetivo é permitir a pessoas públicas e privadas da África e da Europa encontrarem-se, trocar experiências e idéias e desenvolver projetos de colaboração.
De acordo com um documento publicado pelos organizadores da conferência, as tecnologias da informação são um catalisador do desenvolvimento do continente africano. Destaca-se, em particular, o forte desenvolvimento que se registrou na África nos últimos anos nas infra-estruturas da telecomunicação (fibras óticas, satélites, redes de telefones celulares etc), no crescimento dos serviços de telecomunicação com a privatização e a abertura aos capitais estrangeiros do setor, na criação de serviços de call-center e de serviços comerciais na Internet e nos telefones celulares.
Além disso, as novas tecnologias da informação permitem desenvolver soluções tecnológicas inovadoras em diversos setores econômicos. Entre esses, há serviços de bilheteria eletrônica no setor do transporte aéreo, ferroviário e urbano; a segurança de áreas sensíveis no âmbito da luta ao terrorismo (aeroportos, portos, centrais elétricas, centros de tratamento e de distribuição das águas), com o uso de sistemas biométricos; informatização dos trâmites alfandegários e desenvolvimento de plataformas integradas em nível regional para o trânsito das mercadorias; as tecnologias para seguir e identificar os produtos agrícolas (elemento indispensável para as exportações africanas aos Estados Unidos e à Europa); as tecnologias para controlar a distribuição de água e de eletricidade, de modo a evitar furtos, desperdícios e problemas no sistema de distribuição; os sistemas de pagamento eletrônico em nível regional entre os Países da África ocidental e central; os sistemas de localização para seguir as atividades de pesca, de transporte urbano, marítimo e ferroviário; uma biblioteca e uma universidade “virtuais” para permitir uma maior difusão da cultura e do ensinamento, inclusive nas áreas mais remotas; os serviços de telemedicina em colaboração com hospitais africanos e europeus; os serviços administrativos eletrônicos.
Novatech é financiada em grande parte pela União Européia e é organizada por ProInvest, um programa do grupo dos Países ACP (África, Caribe e Pacífico) e pela União Européia, em colaboração com a União Africana, a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO, que reúne 15 Estados) e a União Econômica e Monetária da África Ocidental (UEMOA, à qual aderem oito países).
Aderem à iniciativa, além dos 25 Estados-membros da União Européia, 24 países da África ocidental e central: Benin, Burkina Fasso, Camarões, Cabo Verde, Chade, Congo Brazzaville, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Costa do Marfim, Gabão, Gâmbia, Gana, República da Guiné, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, São Tomé e Príncipe, Senegal, Serra Leoa e Togo. (L.M.)
(Agência Fides 8/11/2006)