Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Cidade do Vaticano (Agência Fides) - Abriram-se na manhã de segunda-feira, 6 de novembro, na sede do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, os trabalhos da Reunião dos Diretores Nacionais para a Pastoral do Turismo na Europa, sobre o tema “O turismo, uma realidade transversal: aspectos pastorais”. O Card. Renato Raffaele Martino, Presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, na sua saudação inaugural, destacou: “Quando falamos de ‘aspectos pastorais’, nos referimos à própria missão da Igreja, que é aquela de anunciar Jesus Cristo - morto e ressuscitado para a nossa salvação - na realidade e na complexidade do hoje de Deus que vivemos... O novo impulso missionário se expressa também na criatividade manifestada nas respostas aos novos desafios, sempre crescentes, que o turismo nos apresenta. Certamente será importante, portanto, ver o caminho empreendido pelas várias Igrejas locais na Europa, transversalmente, ao tentar dar uma resposta evangélica a este “areópago dos tempos modernos”, que é o turismo. Igualmente interessante será a contribuição dos vários Organismos da Cúria Romana, para enriquecer a nossa experiência e tal resposta. Para melhor compreender a importância deste nosso Encontro, recordo que três dos cinco países que recebem o maior número de turistas estão situados no chamado ‘velho Continente’.”
O Arcebispo Agostino Marchetto, Secretário do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, introduziu os trabalhos evidenciando que “uma realidade nova, como o turismo contemporâneo, também necessita de ‘uma evangelização nova. Nova no seu ardor, nos seus métodos, na sua expressão’... A evangelização, portanto, deve ser ardente porque inclusive no mundo do turismo existe uma realidade secularizante, atéia ou de indiferença”. Dom Marchetto ilustrou o tema do encontro - “O turismo, uma realidade transversal: aspectos pastorais” - recordando que “os temas transversais têm uma especificidade particular: trata-se, de fato, de uma matéria que, pela sua complexidade, atravessa vários âmbitos da evangelização, e apresenta no nosso caso um conjunto de questões de relevância, que deve ser tratado em sua totalidade”.
O turismo é um dos setores mais importantes da mobilidade humana, com um considerável índice de crescimento. Nele, estão empregados, em nível mundial, mais de 200 milhões de pessoas.
Concluindo a sua intervenção, o Arcebispo reiterou a necessidade de intensificar a formação seja dos agentes pastorais, seja dos fiéis, e afirmou: “Se continuarmos a atestar que o turismo é um instrumento de diálogo, de promoção da paz, de ajuda ao desenvolvimento, de conhecimento da memória de outros povos e de crescimento espiritual, para realizá-lo deste modo necessitaremos de sujeitos capazes de traduzir tal convicção em realidade. Somos, portanto, agentes, também nós, de um turismo de uma nova face, com uma alma ou um suplemento de alma”. (S.L.) (Agência Fides 6/11/2006)
