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Roma (Agência Fides) - Após dois invernos e um terceiro que se aproxima, a constituição do vírus H5N1, da influência aviária, ainda não mudou e por sorte não chegou a transmitir-se de homem a homem, nem tão pouco a desenvolver uma verdadeira pandemia.
Isto é o que sustentam os especialistas de saúde pública da Ásia sul-oriental que afirmam que o vírus está mudando no modo previsto, mas não de maneira crítica ou preocupante.
Camboja, Indonésia, Tailândia e Vietnam são os únicos países do mundo onde foram registradas mortes entre seres humanos causadas por esta infecção. Desde o fim de 2003, foram mortas 62 pessoas para 121 casos notificados. Sempre Camboja, China, Coréia do Sul, Indonésia, Japão, Laos, Paquistão, Vietnam, Tailândia e Taiwan são os países contagiados. Nas últimas semanas foram individuados casos também na Grécia, Grã Bretanha, Romênia e Rússia.
O Vietnam é o país mais afetado, com 41 mortes em 91 casos, seguido pela Tailândia, Indonésia e Camboja.
Dos 15 subtipos de influência aviária, o H5N1 é particularmente preocupante porque se transforma rapidamente e é sujeito a adquirir os genes de outros vírus que contagiam outras espécies de animais. Por hora o vírus, a causa do ritmo das mudanças “inconstantes” aos quais é sujeito, continua a ser apenas uma ameaça, mas não é suficientemente forte e veloz a ponto de desencadear uma catástrofe. A OMS afirmou que o vírus pode sobreviver no ar em temperaturas frias. Na água resiste até quatro dias a 22 graus e 30 até zero graus.
Já em 1918 um vírus com características similares, que se transmitia dos pássaros aos seres humanos, desencadeou uma epidemia de gripe que matou 50 milhões de pessoas em todo o mundo.
Quando em 1997 foram individuados os primeiros casos humanos e a morte de seis das 18 pessoas que haviam contraído a doença, o governo de Hong Kong dispôs a supressão de todos os pássaros de criação, que eram então 1,5 milhões no total.
A gripe do frango, ou aviária, ou avícola, contagia todos os tipos de pássaros causando infecção nos olhos e danos ao fígado. Nos seres humanos contagiados, os primeiros sintomas são febre e tosse, queda de pressão e do nível de glóbulos vermelhos (AP) (27/10/2006 Agência Fides)
