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Madri (Agência Fides) - "É necessário solicitar, sem medo da tecnologia, com esperança e fé intrépida, uma presença alegre, criativa e profissional na televisão. Devemos ser cooperadores da Verdade para oferecer, assim, a Boa Nova do Senhor nas múltiplas formas da linguagem audiovisual, testemunhando também a beleza da criação": é o que se lê na Mensagem enviada pelo Santo Padre Bento XVI ao Presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Dom John P. Foley, por ocasião do Congresso das Televisões Católicas, que está sendo realizado em Madri (10-12 de outubro). A Mensagem destaca a importância deste evento como uma “ocasião muito propícia para o diálogo interpessoal, o conhecimento direto entre participantes de todo o mundo que, unidos na mesma comunhão eclesial, se esforçam para responder aos desafios que a sociedade contemporânea põe aos discípulos de Cristo". Destaca-se ainda a necessidade da unidade entre a Santa Sé e os Episcopados, "para encorajar e amparar essas instituições televisivas, orientando-as de modo que sejam fiéis à sua identidade católica e conservem contemporaneamente a diversidade de estilos, de sensibilidade e de características culturais próprias".
Na inauguração do evento, estavam presentes, além do Cardeal Antonio María Rouco Varela, Arcebispo de Madri e do Arcebispo Dom John P. Foley Presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, o Cardeal Antonio Cañizares, Arcebispo de Toledo; o Cardeal Nicolás de Jesús López Rodríguez, Arcebispo de Santo Domingo; o Cardeal Bernard Agré, Arcebispo emérito de Abidjan, na Costa do Marfim; o Secretário da Conferência Episcopal Espanhola, Juan Antonio Martínez Camino, além de numerosos Bispos dos países participantes.
Dom Eugenio Romero Pose, Bispo auxiliar de Madri, na sua palestra sobre “Notáveis características das Televisões Católicas”, recordou que “a missão essencial da Igreja não é outra se não a evangelização de todos os homens e de todos os países, expressão da exigência e da tensão da catolicidade" e, portanto, "a presença dos católicos na mídia ou em qualquer gênero de espetáculo, adquire nova imediata urgência. A resposta é preencher com novos conteúdos os novos meios. A novidade dos conteúdos não é outra se não a permanente e definitiva novidade do cristianismo, é a identidade católica". Lurdinha Nunes, da Televisão Canção Nova (Brasil), falou da experiência da comunicação da fé em um contexto multirreligioso. Silvia Pellegrini, da Pontifícia Universidade Católica do Chile, tratou do "Impacto cultural da TV: o risco de viver no reflexo". Silvia Costantini de Sat 2000 (Itália), apresentou ao Congresso o projeto de um banco de programas, que constituirá “um importante recurso, um claro ponto de referência para as televisões católicas” e que dará impulso a um “movimento de cooperação e de suporte recíproco para o crescimento do setor televisivo católico no mundo”.
Na tarde do primeiro dia dos trabalhos, se realizaram diversos laboratórios sobre “Católicos na TV"; "TV e pastoral"; "Profissionalismo e formação"; "A TV como empresa"; "Organização e conteúdo para uma presença católica na TV"; "Por uma programação atraente"; “Os diversos formatos da TV católica”; "Tecnologia na vida cotidiana das televisões". (RG) (Agência Fides 10/10/2006)
