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Nova Délhi (Agência Fides) - Não se pode ficar indiferentes diante do aumento do conflito armado, da violência e do sofrimento da população civil: por isso, a comunidade cristã indiana, em suas diferentes componentes confessionais, mobilizou-se para elaborar soluções concretas de negociação e paz entre os grupos armados que se enfrentam em um conflito civil.
A Igreja Batista lançou recentemente a “Iniciativa de reconciliação para os grupos Naga”, preparando um memorando de acordo de 13 itens, a ser submetido às partes envolvidas. O documento, apoiado por todos os cristãos da área, auspicia uma reaproximação gradual, através de um processo que começa com o cessar-fogo, passa pela cura das feridas e traumas da guerra, e vai até a reconciliação. O documento insiste na necessidade de restaurar a verdade e a justiça, como pilares sobre os quais edificar a paz.
Para a Igreja católica, está engajado Dom Thomas Menamparampil, Arcebispo de Guwahati e líder religioso apreciado por seu constante empenho com a justiça e a paz no Nordeste da Índia. O Arcebispo interveio várias vezes para mediar o conflito entre os grupos étnicos e em debates de natureza social e política. O Arcebispo coordena um “Joint Ecumenical Peace Team”, que trabalha para o diálogo e a paz no Nordeste da Índia, e está se demonstrando eficaz na solução de controvérsias locais. Recentemente, foi incumbido da função de Presidente do Conselho dos Bispos do Nordeste da Índia.
As Igrejas cristãs propuseram estabelecera um calendário para os colóquios entre as partes, com a participação também de mediadores religiosos e expoentes governamentais. O ponto de partida deve ser o fim dos massacres indiscriminados - afirma-se.
Em Nagaland, dois grupos rebeldes armados, adversários, lutam contra o governo indiano, com intenções separatistas, delineando uma situação de caos e instabilidade geral.
Nagaland é um estado da União Indiana no qual residem diversas tribos de origem mongol. É uma área no confim com a Birmânia que sofre com a instabilidade do Nordeste da Índia. O Governo enviou ao estado um forte contingente militar, que controla a região e combate contra os grupos independentistas, mas a situação permanece paralisada. O conflito em Nagaland já deixou mais de 300 mil mortos. (PA) (Agência Fides 3/10/2006)
