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Madri (Agência Fides) - Definir o que quer dizer ser católico na televisão e formar uma rede de televisões católicas como movimento de cooperação destinado à evangelização: são os objetivos do Congresso Mundial das Televisões Católicas, que terá lugar de 10 a 12 de outubro próximo, em Madri (Espanha), segundo afirmaram os organizadores na apresentação do Congresso, há alguns dias, no Arcebispado de Madri.
O Congresso, do qual participarão profissionais dos meios televisivos católicos de todo o mundo, é organizado pelo Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, pelo Arcebispado de Madri e pela Fundação Espanhola García Morente, com a colaboração da Comissão Episcopal dos Meios de Comunicação Social da Conferência Episcopal Espanhola e da Universidade San Pablo-CEU.
Segundo Dom Enrique Planas, Coordenador geral do Congresso e membro do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, os principais problemas enfrentados hoje pelas redes televisivas católicas são a carência de identidade, de profissionalismo e de meios. Conscientes que a televisão católica é um fenômeno em aumento (segundo os organizadores, atualmente existem mais de 2 mil televisões católicas), decidiu-se organizar este encontro para lançar as bases que ajudem a encontrar uma identidade comum para todas. Dom Planas afirmou que o Congresso refletirá sobre o significado da comunicação, serão estudados os meios disponíveis e abordados os conteúdos. “Precisamos estabelecer os parâmetros nos quais a televisão católica deve agir, sem limites à liberdade de expressão” - disse Dom Planas.
María Rosa de la Cierva, diretora do Congresso e Secretária da Província Eclesiástica de Madri, destacou a “enorme importância internacional” deste encontro, que visa “dar respostas às diferentes televisões católicas existentes no mundo”.
Uma das questões mais importantes do Congresso será a criação de uma rede de cooperação entre as diferentes televisões, porque, como afirmou Dom Planas, “acreditamos que a Igreja possa dar sua contribuição na construção das redes, além de saber viver o conceito de globalização de maneira correta e fecunda”. Outro ponto importante será a criação de um banco gratuito de programas televisivos. “Tentaremos atuar um processo que conduza à reflexão e ao reforço da capacidade evangelizadora da Igreja”. Neste sentido, Pe. José María Gil, diretor do Secretariado da Comissão dos Meios de Comunicação da Conferência Episcopal Espanhola, acrescentou que formar uma rede de televisões católicas significa reunir, em “um movimento cooperativo destinado à evangelização”, diferentes redes televisivas do mundo: “Pretendemos fazer uma ‘mundo-visão’ católica, colocando em sinergia as diversas realidades, para tornar a mensagem mais eficaz”.
Nesta ocasião, pela primeira vez, estarão reunidos representantes dos cinco continentes. Segundo dados comunicados pelos organizadores, o Congresso contará com mais de 250 participantes, representando 48 países. Visto que os lugares em Madri são limitados, terá lugar também um “Congresso virtual”, para que todos os que não podem estar presentes possam acompanhar o andamento dos trabalhos.
Entre as palestras previstas, estão: “O que significa a televisão católica” (Dom Eugenio Romero, Bispo Auxiliar de Madri); “O serviço do Centro Televisivo Vaticano (CTV): como a Igrja utiliza as novas tecnologias” (Pe. Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, do CTV e da Rádio Vaticano); “Impacto da Televisão no mundo Atual” (Gene Jankowsk, Presidente da Jankowski Communications System dos Estados Unidos); “Comunicação da fé em um contexto multi-religioso (Lurdinha Lunes, membro da Canção Nova, Brasil); “O futuro da tecnologia na televisão e suas conseqüências” (Derrick de Kerckhove, professor e diretor do Programa McLuhan de Cultura e Tecnologia da Universidade de Toronto, Canadá); “Ser rede: uma experiência concreta de um Network (Leticia Soberón, do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais e Coordenadora geral da Rede Informática da Igreja para a América Latina, RIIAL). (RG) (Agência Fides 25/9/2006)
