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Manila (Agência Fides) - O degrado ambiental, a poluição atmosférica, do solo, dos rios e do mar está se tornando um problema sério nas Filipinas: por isso, as escolas católicas do país lançaram uma campanha para promover o respeito da natureza, como uma ocasião de manifestar o amor do homem a Deus e a si mesmo. A salvaguarda da criação e da sustentabilidade ambiental são questões cruciais no país - afirma a campanha - que levou as questões ecológicas à atenção da opinião pública, na esteira do desastre de Guimaras, ilha no centro das Filipinas, recentemente devastada por um vazamento de petróleo. O petróleo vazou de um navio cargueiro, que em 2 de agosto passado, perdeu 2 milhões de litros de petróleo, poluindo irremediavelmente o litoral, danificando a fauna, a flora, e, consequentemente, prejudicando as comunidades locais e o turismo.
A Igreja filipina retomou o tema da defesa do ambiente, essencial para a vida do homem, oferecendo pleno apoio à campanha dos institutos católicos, que conta com grande participação dos estudantes. Dias atrás, na Catedral de Manila, celebrou-se uma Santa Missa, presidida pelo Arcebispo Gaudencio Rosales, que abençoou e encorajou a iniciativa, diante de uma grande assembléia de sacerdotes, religiosos, leigos e alunos.
A campanha será centralizada nas condições de vida das populações indígenas, submetidas a abusos e subtraídas de seus recursos naturais e terras ancestrais, por causa das companhias de extração (mineradoras), que obtêm do governo concessões para a exploração do subsolo. Trata-se de um fenômeno de grande escala, que coloca em risco a própria existência das comunidades indígenas nas Filipinas (que constituem 10% da população, fragmentadas em mais de 60 etnias e 120 dialetos), especialmente na grande ilha de Mindanao (sul das Filipinas).
Muitos Bispos do sul das Filipinas defendem as comunidades locais e lançaram apelos ao governo, denunciando a violação dos direitos humanos dos indígenas, que conduzem uma vida simples, baseada na agricultura de subsistência e na pesca nas áreas costeiras, continuando a perpetuar tradições e costumes milenares. (PA) (Agência Fides 7/9/2006)
