ÁSIA/ÍNDIA - A COMISSÃO NACIONAL PARA AS MINORIAS: É PRECISO DEFENDER OS DIREITOS DOS CRISTÃOS, QUE OFERECEM À NAÇÃO INSTRUÇÃO DE ALTA QUALIDADE

Nova Délhi (Agência Fides) – A Comissão Nacional para as Minorias, organismo que reúne os representantes dos grupos étnicos e religiosos minoritários em nível nacional, pediu a todos os líderes das Igrejas cristãs para se engajarem na defesa dos direitos de liberdade religiosa sancionados pela Constituição. Os cristãos, 25 milhões na Índia, 2,5% da população, administram 17% dos serviços de instrução no país. A Comissão, notando que esses serviços são de alta qualidade, destacou que os “cristãos podem desempenhar um papel chave para o crescimento cultural e político da nação”.
Durante um encontro da Comissão realizado no dia 5 de novembro em Guwahati (Estado de Assam, na Índia oriental), o representante cristão V.V. Augustine explicou que o trabalho dos membros da Comissão consiste em aproximar os grupos majoritários e as minorias étnicas e religiosas por meio do diálogo, o confronto e um plano de ação comum. As minorias, por sua vez, devem elaborar uma plataforma comum para que não se percam as identidades individuais.
Um ponto muito importante, destacou Augustine, é a obra de sensibilização e formação dos jovens, que são educados para assumir responsabilidades na administração civil e política. E para aqueles que provêm de famílias pobres, que não podem patrocinar os estudos, é preciso desenvolver projetos de solidariedade e oferecer bolsas de estudo.
A reunião da Comissão Nacional para as Minorias, realizada em uma região na Índia onde existe uma alta tensão entre a maioria da população (de religião hindu) e os grupos de minoria étnica e religiosa, concluiu-se com um encontro de oração inter-religioso do qual participaram representantes hinduístas, budistas, cristãos e muçulmanos. “Nos alegramos com a harmonia existente entre as religiões: nos respeitamos e nos admiramos reciprocamente”, disse DomThomas Menamparampil, Arcebispo de Guwahati, líder católico presente na celebração. Os participantes concordaram sobre a urgência de que uma forte mensagem de paz e harmonia social seja transmitida em toda igreja, mesquita, templo, santuário ou mosteiro.
(PA) (Agência Fides 8/11/2003 linhas 26 palavras 258)