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Cidade do Vaticano (Agência Fides) - “O encontro que o Papa Ratzinger marcou com movimentos e comunidades para 3 de junho próximo é um importante sinal de continuidade com o magistério de João Paulo II, que nessas novas realidades agregativas via dons preciosos do Espírito à Igreja de hoje e um grande sinal de esperança para a humanidade do nosso tempo”: com essas palavras, Dom Stanisław Ryłko, Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, apresentou aos jornalistas o encontro que sábado, 3 de junho, vigília de Pentecostes, o Santo Padre Bento XVI vai realizar com os Movimentos Eclesiais e as Novas Comunidades na Praça S. Pedro. “No pensamento do Cardeal Ratzinger - disse ainda Dom Ryłko -, para impostar corretamente o discurso teológico sobre essas novas realidades agregativas, não basta a dialética dos princípios que contrapõe instituição e carisma, porque a Igreja é edificada organicamente e não dialeticamente. A justa colocação teológica dos movimentos na Igreja deve ser identificada na apostolicidade, que é a dimensão da qual nasce o vínculo particular que os une ao ministério do Sucessor de Pedro”. Eleito Papa, “Bento XVI não deixou de manifestar atenção para com os movimentos eclesiais”, prosseguiu Dom Ryłko, “o desejo de convocá-los todos juntos em Roma pela segunda vez, e novamente na vigília de Pentecostes, nasce justamente da grande consideração que o Santo Padre tem por essas realidades”.
Dom Josef Clemens, Secretário do Pontifício Conselho para os Leigos, recordou que o encontro do Papa com os movimentos será precedido por dois eventos: o segundo Congresso mundial dos movimentos eclesiais e das novas comunidades, de 31 de maio a 2 de junho, e as Vigílias de oração na cidade de Roma, na noite de 2 de junho. O Congresso, organizado pelo Pontifício Conselho para os Leigos, se realizará em Rocca di Papa, sobre o tema "A beleza de ser cristão e a alegria de comunicá-lo", inspirado na homilia da Missa de início Pontificado do Papa Bento XVI. As três palestras principais serão feitas pelos Cardeais Christoph Schönborn, Marc Ouellet e Angelo Scola: a eles caberá a tarefa de enfrentar as questões teológicas ("Cristo, o mais belo dos filhos de Adão"), eclesiológicas ("A beleza de ser cristão") e pastorais ("Movimentos eclesiais e novas comunidades na missão da Igreja: prioridades e perspectivas"). As mesas-redondas permitirão começar um confronto sobre duas dimensões fundamentais da ação dos movimentos e novas comunidades: os itininerários educacionais e o testemunho da beleza de Cristo ao mundo de hoje. Os debates e os grupos de trabalho que seguirão vão permitir a todos os participantes enriquecer o Congresso com suas experiências e reflexões. Por razões logísticas, o número dos participantes foi limitado para cerca de 300, representando mais de 100 movimentos e novas comunidades.
“A organização das vigílias de oração em Roma foi confiada a cada movimento e comunidade - prosseguiu Dom Clemens -, aos quais indicamos um dúplice fim: uma preparação espiritual para os membros das diversas agregações ao encontro do dia sucessivo com o Santo Padre e um gesto de testemunho para toda a cidade de Roma”. Do encontro de 3 de junho se prevê uma afluência de mais de 300 mil membros. “Ao lado da maciça presença dos grandes movimentos internacionais, se reunirá em torno do Santo Padre um amplo e diversificado mundo de agregações laicais em nível nacional ou diocesano - disse Dom Clemens -. Sem dúvida, é admirável o entusiasmo e os esforços de participação de tantos fiéis provenientes de países distantes: se a maioria virá, obviamente, da Itália, pelo menos 30.000 fiéis estão vindo de toda a Europa, e entre estes mais de 4000 da Alemanha; esperamos, além disso, 5000 participantes da América Latina, 450 da África, 300 da Ásia e mais de 100 da Igreja na Oceania, que, evidentemente, vive este encontro também como uma etapa de preparação para o Dia Mundial da Juventude de Sidney, em 2008”. (S.L.) (Agência Fides 31/5/2006)
