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Kinshasa (Agência Fides)- “Caros irmãos e irmãs, no dia no qual celebramos a grande Festa cristã da Ressurreição de Jesus Cristo, sinal da nossa salvação e da nossa ressurreição futura, estamos profundamente conscientes de que as próximas semanas, os próximos meses serão decisivos e determinantes para garantir o futuro e o destino do nosso país”. Assim tem início a Mensagem de Páscoa de Dom Tharcisse Tshibangu, Bispo de Mbuji-Mayi e Vice-presidente da Conferência Episcopal da República Democrática do Congo.
Na mensagem, Dom Tshibangu exorta os congoleses a olharem com esperança para o futuro do país, recordando o compromisso assumido pela Igreja católica para acompanhar o longo processo de transição congolês. “A Igreja acompanhou e apoiou a grande esperança de saída da crise do povo congolês, em particular no decorrer da última etapa da transição política iniciada em 2002”. O período de transição, recorda o Bispo, previa a realização de diversos objetivos: a pacificação, o restabelecimento da integridade territorial, a reconstrução do país, a reconstituição da autoridade estatal no conjunto do território nacional; a consolidação da reconciliação nacional; a formação de um exército nacional, reformado e integrado; a criação de estruturas adequadas a uma nova ordem política; e a organização de eleições livres e transparentes aptas à formação de um regime constitucional democrático.
Dom Tshibangu recorda, porém, que depois do início da fase de transição “o país conheceu períodos de alívio e de esperança, e muitas vezes a inquietação e a angústia continuaram a atormentar a população. Os mais pessimistas se perguntavam até mesmo se o país não fosse marcado por um destino fatal, que lhe impede de se tornar uma nação capaz de gozar da autodeterminação!”
“Durante este período, a Igreja continuou a apoiar, encorajar e iluminar a população através de exortações e intervenções importantes e pertinentes”, recorda o Vice-presidente da Conferência Episcopal do Congo, que precisa quais são as preocupações e as esperanças para o futuro: “A fim de garantir a pacífica realização das eleições e esperar por um feliz êxito para a criação da III República Congolesa, é preciso um amplo diálogo nacional entre todos os principais responsáveis da vida política congolesa”. As eleições gerais congolesas se realizarão em junho.
Dom Tshibangu conclui exortando os fiéis a serem “ativos e apaixonados artesãos da Paz, da Reconciliação e da Concórdia Nacional. Que a força divina e a graça particular das celebrações da Ressurreição de Cristo possam confirmá-los nas melhores condições para chegar à feliz conclusão do longo período de transição, e à instauração da paz definitiva fundada sobre a esperança de um Congo unido e fraterno”. (L.M.) (Agência Fides 21/4/2006)
