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Kep City (Agência Fides) - Em 2003, em Camboja, registravam-se 20 infecções por dia do vírus Hiv-Aids, enquanto, segundo o departamento de Dermatologia e Doenças sexualmente transmissíveis do Centro Nacional para o Hiv/Aids, em nove meses de 2005 registraram-se 10 mil novos casos de Hiv e 19.811 de Aids.
A Igreja, com as Missões Exteriores de Paris (MEP), conseguiu organizar uma instituição de importância considerável, na qual hospedar soropositivos e doentes de AIDS, assisti-los e encorajá-los, mantendo vivas suas esperanças de vida. O Centro instituído foi intitulado “The Pro-life Centre John Paul II” para recordar a advertência de Papa João Paulo II: “a vida humana vale, por favor, respeitemo-la”.
O Centro é composto de dez construções de alvenaria, com teto de palha, de quinze metros quadrados cada, em Kep City, ex-baluarte dos Khmer vermelhos, a 170 km a sudoeste de Phnom Penh. A cerimônia de abertura foi celebrada em 26 de fevereiro, por Dom Salvatore Pennacchio, Núncio Apostólico em Camboja, e pelo Bispo Dom Emile Detombes, Vigário Apostólico de Phnom Penh.
Padre Olivier Schmitthaeusler, (MEP), esteve pela primeira vez em Phnom Voah, área de conflito entre os Khmer vermelhos e o exército do Governo, em 2003. Ali havia 70 doentes de Hiv-Aids, cuja única assistência sanitária eram as curas de um médico local Khmer, baseadas em produtos naturais. Em 2004, três famílias soropositivas perderam suas casas, e o sacerdote decidiu ajuda-las, enviando-as ao hospital de Takeo, 70 km a sul de Phnom Penh. Em 2005, um temporal destruiu as casas e Padre Olivier decidiu erguer novas casas de alvenaria e teto de palha para as famílias desabrigadas. Os componentes eram todos doentes de AIDS. Assim sendo, decidiu abrir o Centro sanitário “The Pro-life Centre John Paul II”, onde vivem 18 adultos e 21 crianças. A Igreja lhes oferece 40 kg de arroz e 40.000 riel (10 dólares americanos) por semana, e organiza as hospitalizações. (AP) (21/3/2006 Agência Fides)
