EUROPA/ITÁLIA - Realidade e ficção: coletiva de imprensa do Opus Dei para a apresentação do projeto Harambee 2006, em contraposição à imagem deformada da Igreja católica que se quer apresentar no filme “Código Da Vinci”

Terça, 14 Fevereiro 2006

Roma (Agência Fides) - Realizou-se hoje, em Roma, a coletiva de imprensa de apresentação do projeto Harambee 2006, criado por ocasião da canonização de Josemaría Escrivá, fundador do Opus Dei, que já deu vida a 24 projetos de educação em 13 países africanos, promovidos por organizações africanas e por diversas instituições da Igreja que trabalham regularmente na África. Publicamos uma nota informativa divulgada pela assessoria de imprensa do Opus Dei, em Roma.
“Recebemos nesses dias diversas perguntas a propósito do filme sobre o Código Da Vinci.
Reiteramos o que foi declarado em 12 de janeiro passado: não pretendemos polemizar, não haverá boicotagens nem coisas do gênero. Prosseguiremos com uma atitude de transparência, serenidade e espírito construtivo.
O Código Da Vinci oferece uma imagem deformada da Igreja Católica. A difusão do livro e do filme representa uma oportunidade para mostrar a realidade autêntica da Igreja. Na Encíclica “Deus Caritas est”, Bento XVI destacou que a caridade é um traço essencial da Igreja: “Amor é o serviço que a Igreja desempenha para vir constantemente ao encontro dos sofrimentos e das necessidades, inclusive materiais, dos homens” (n.20).
Como conseqüência, este pode ser um momento apto para divulgar o trabalho de serviço que os católicos desempenham na África, há séculos, e para apoiar o compromisso de numerosas instituições da Igreja no continente africano, que continua a ser uma das grandes emergências do mundo.
Muitos se sentem ofendidos com a falta de respeito do Código Da Vinci em relação à fé dos cristãos. Gostaríamos de convidar hoje essas pessoas a manifestar o seu dissenso de modo sereno e construtivo: divulgando algumas iniciativas educativas e de cooperação promovidas por católicos na África e participando ao seu apoio com uma contribuição. Uma pequena ajuda é um gesto simbólico, mas tem, ao mesmo tempo, um significado concreto e positivo.
Harambee 2006 apresenta quatro projetos levados adiante por católicos na África, dois dos quais promovidos por membros do Opus Dei. Ao mesmo tempo, existem numerosas iniciativas que merecem a cooperação de todos.
Informar sobre as atividades de solidariedade dos católicos na África é um modo para fazer com que a discussão pública provocada pelo Código Da Vinci não se limite a uma estéril polêmica, mas faça nascer um fruto positivo: um conhecimento melhor de um aspecto essencial da Igreja Católica e uma ajuda concreta a pessoas necessitadas.
Ao mesmo tempo, continuamos a confiar na sensibilidade da Sony - Columbia, na sua capacidade de reagir de modo construtivo.
Não basta oferecer ao ofendido a oportunidade de defender-se, enquanto a ofensa continua a permanecer. Um comportamento correto é evitar a ofensa quando ainda é possível. Faltam ainda três meses para a estréia. Portanto, ainda nutrimos a esperança que se decida omitir, na edição final do filme, as referências que ferem os católicos. Seria um gesto conciliador muito apreciado, especialmente nesses momentos em que todos notam as penosas conseqüências da intolerância.
A Sony-Columbia está em tempo para demonstrar que a liberdade de expressão é compatível com o respeito pelas crenças dos outros; pode demonstrar que o respeito é um ato livre que nasce da sensibilidade, e não uma conseqüência de censura nem de ameaças.
Tomando uma decisão conciliadora, a Sony-Columbia faria um serviço à causa do diálogo entre as culturas e honraria a sua tradição”. (S.L.) (Agência Fides 14/2/2006)


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