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Monróvia (Agência Fides)- “Um momento positivo para todos os liberianos e de reflexão sobre o futuro da nação”, afirma o pe. Mauro Armanino, missionário da Sociedade das Missões Africanas, na capital liberiana, Monróvia, onde em 16 de janeiro (veja Fides 13 de janeiro de 2006) tomou posse oficialmente Ellen Johnson-Sirleaf como novo Chefe do Estado.
“A população participou com alegria da cerimônia de posse, que se realizou diante do Parlamento”, afirma o missionário, que ouviu também algumas reações dos participantes. Um jovem disse: “Agora sim que a Libéria volta a ser doce terra da liberdade”, referindo-se ao hino nacional.
“As mulheres usavam roupas com o rosto da Presidenta, com o slogan: “Temos orgulho de ser mulhere”, afirma o pe. Armanino.
No seu discurso, a Presidenta Ellen Johnson-Sirleaf convidou os dirigentes da oposição a unirem-se ao governo para reconstruir o país, e nomeou os primeiros membros da sua administração. Depois do juramento, a senhora Johnson-Sirleaf, dirigida a uma multidão de milhares de pessoas reunidas em Monróvia na praça diante do Parlamento, se comprometeu a responder “às suas necessidades e às suas preocupações sobre o desenvolvimento do país”. “O meu governo estende a mão da amizade e da solidariedade aos dirigentes de todos os partidos políticos”, declarou diante do adversário derrotado nas eleições, o ex-jogador George Weah, que, porém, não assistiu à cerimônia de juramento.
“Tratou-se de um discurso que olha mais para o futuro do que ao passado, mesmo que a Presidenta tenha recordado as vítimas da guerra civil”, comenta o pe. Armanino. A nova Chefe de Estado liberiano nomeou alguns ministros, entre eles o das Finanças e o da Defesa. Para o primeiro, designou Antoinette Sayeh, já chefe do programa do Banco mundial para o Benin; para o segundo, Brownie Samukai, ex-chefe de polícia.
“Conheço alguns dos novos dirigentes nomeados pela Presidenta e os considero pessoas jovens, capazes e inteligentes”, afirma o missionário.
Johnson-Sirleaf recordou ainda Dom Michael Kpakala Francis, arcebispo de Monróvia (há muito tempo doente), definindo-o “a consciência da nação”. (L.M.) (Agência Fides 17/1/2006)
