VATICANO - Bento XVI no Angelus convida a contemplar Maria Imaculada: “Seu celestial candor atrai para Deus, ajudando-nos a superar a tentação de uma vida medíocre, feita de compromissos com o mal, para nos orientar decididamente para o autêntico bem, que é manancial de alegria”

Cidade do Vaticano (Agência Fides) - “É um dia de intensa alegria espiritual, no qual contemplamos a Virgem Maria... Nela resplandece a eterna bondade do Criador que, em seu desígnio de salvação, elegeu-a para ser mãe de seu unigênito Filho, e, em previsão de sua morte, preservou-a de toda mancha de pecado”: com essas palavras, o Santo Padre Bento XVI recordou a solenidade da Imaculada Conceição de Maria no dia da festa, antes de rezar o Angelus com os fiéis reunidos na Praça S. Pedro. O Pontífice recordou que todos os homens “são chamados a ser santos imaculados na presença de Deus no amor” (Ef 1,4), e olhando para Maria, se desperta em nós a aspiração à beleza, à bondade e à pureza de coração. “Seu celestial candor atrai para Deus, ajudando-nos a superar a tentação de uma vida medíocre, feita de compromissos com o mal, para nos orientar decididamente para o autêntico bem, que é manancial de alegria”.
Em seguida, o Santo Padre recordou o solene encerramento do Concílio Ecumênico Vaticano II, “o maior evento eclesial do século XX”, ocorrido 40 anos atrás. Naquela circunstância, o Papa Paulo VI “confiou a aplicação dos documentos conciliares à Virgem Maria, invocando-a com o doce título de Mãe da Igreja”. Bento XVI agradeceu a Maria Santíssima “por ter acompanhado estes quarenta anos de vida eclesial, ricos de tantos acontecimentos” e por ter velado “com maternal cuidado pelos pontificados de meus venerados predecessores, cada um dos quais guiou a barca de Pedro pela rota da autêntica renovação conciliar, trabalhando incessantemente pela fiel interpretação e execução do Concílio Vaticano II”.
Por fim, o Papa convidou os fiéis a unirem-se espiritualmente à sua peregrinação vespertina à Praça da Espanha, aos pés da imagem da Imaculada, “que pretende ser um ato de filial devoção a Maria, para encomendar-lhe a amada cidade de Roma, a Igreja e toda a humanidade”. Depois da oração, o Santo Padre abençoou a tocha olímpica, que estava em Roma em seu itinerário rumo a Turim, sede dos próximos Jogos Olímpicos de Inverno: “Que esta chama possa recordar a todos os valores de paz e de fraternidade que estão na base das Olimpíadas”. (S.L.) (Agência Fides 9/12/2005)