EUROPA/ITÁLIA - Conferência Internacional “Africa for Life, Without death penalty”, organizada pela Comunidade de Santo Egídio. “Um sucesso para todos nós”, segundo o Presidente Ciampi

Roma (Agência Fides) - O Ministro da Justiça da Libéria pediu ajuda à União Européia e à Comunidade de Santo Egídio contra a Pena de Morte. A Libéria é o primeiro país africano a abolir a pena de morte em 2005.
“Pedimos à União Européia e à Comunidade de Santo Egídio que ajudem a nova Libéria a realizar uma reforma constitucional, que introduza o natural respeito da vida como valor essencial e a tornar definitivamente a pena de morte um instrumento do passado”. Foi o que pediu esta manhã o Ministro da Justiça e dos Assuntos Constitucionais do novo governo da Libéria, Kabineh Ja’neh, na sua intervenção no Auditório de Roma no Encontro “Africa for life, Without death penalty” organizado pela Comunidade de Santo Egídio na presença de 11 ministros da Justiça de países africanos.
Ja’neh ha recordou o papel desempenhado pela Comunidade de Santo Egídio em prol do diálogo, do fim da violência e do início da democracia na Libéria.
Na mensagem ao Presidente da República italiana, Carlo Azeglio Ciampi, o professor Riccardi, fundador da Comunidade de Santo Egídio, destacou como “hoje, a presença de numerosos Ministros africanos da Justiça e representantes de seus Governos convocados pela Comunidade de Santo Egídio para o Encontro Internacional África pela vida, sem pena de morte, testemunha a força de um novo protagonismo deste continente… A África - acrescentou - entre tantas dificuldades, está desenvolvendo uma consciência mais radicada dos direitos humanos e da função da lei.”
Por sua vez, o Presidente Ciampi, agradecendo ao fundador da Comunidade de Santo Egídio e dirigindo-se à delegação dos ministros dos países africanos acolhidos no Quirinal por ocasião do Congresso, disse que “a campanha para a abolição da pena de morte é uma batalha fundamental para o progresso comum”.
“Fico feliz - acrescentou o Presidente - que o empenho pela abolição da pena capital esteja encontrando crescente consenso nos países da África, onde são poucos os Estados que praticam as execuções. É um sinal encorajador, que demonstra os progressos realizados pelo continente africano no caminho da salvaguarda da dignidade humana, da promoção da democracia e do estado de direito. Este avanço impulsiona ainda mais os países mais desenvolvidos, as instituições internacionais e as organizações não-governamentais, que se dedicam à ajuda ao desenvolvimento, a apoiar os povos africanos a acelerar o seu crescimento econômico e a dar forte impulso à luta contra a fome e a pobreza”. (AP) (29/11/2005 Agência Fides)