ÁFRICA/RD CONGO - Presidente da CENCO na ONU: “o acordo de São Silvestre é o único caminho para sair da crise”

Quarta, 22 Março 2017 bispos   onu  

Kinshasa (Agência Fides) - “A República Democrática do Congo está sem nenhuma instituição legítima. É a primeira vez que isto se verifica em nosso país desde a independência. Portanto, o acordo de 31 de dezembro é o único caminho para sair da crise”, afirmou Dom Marcel Utembi Tapa, Arcebispo de Kisangani e Presidente da Conferência Episcopal da República Democrática do Congo (CENCO) no discurso pronunciado ontem, 21 de março, ao Conselho de Segurança da ONU.
O Presidente da CENCO foi convidado a descrever a situação na RDC pelo Presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O cancelamento das eleições presidenciais, que se deveriam realizar em dezembro de 2016 gerou uma grave crise política. Os Bispos são chamados a mediar entre a maioria e a oposição. Graças a seus esforços, em 31 de dezembro foi alcançado um acordo que estabelece a persistência no cargo do atual Presidente, Joseph Kabila, e a formação de um governo de unidade nacional, cujo Premiê será designado pela oposição e encarregado de conduzir o país às eleições.
No entanto, surgiram dificuldades sobre o modo de concretizar o acordo. “Infelizmente, o acordo específico destinado a assegurar a atuação dos acordos está sendo difícil, sublinhou Dom Utembi Tapa. “Enquanto a população aguarda com impaciência as eleições, o status quo político devido à intransigência dos negociadores sobre certos pontos de persistente divergência e administrado por manobras políticas, pode atrasar indefinidamente a aplicação do acordo de São Silvestre”. Os Bispos anunciaram que no dia 27 de março deve ser concluída a negociação pata a aplicação do entendimento (veja Fides 21/3/2017).
“A situação da segurança, marcada por confrontos violentos e violações dos direitos humanos, permanece preocupante em grande parte do território nacional” acrescentou o Arcebispo, que concluiu pedindo aos membros que se comprometam com a paz na RDC. (L.M.) (Agência Fides 22/3/2017)


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