AMÉRICA/VENEZUELA - Epidemia de difteria depois de 24 anos: consequência da crise econômica

Quinta, 15 Dezembro 2016 saúde  

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Ciudad Guayana (Agência Fides) – O hospital principal de Ciudad Guayana, no leste da Venezuela, desde 28 de dezembro está admitindo nas urgências pediátricas apenas os possíveis casos de difteria, doença que reapareceu no país depois de 24 anos. A crise econômica se reflete também os hospitais e na carência de medicamentos. Os sintomas da difteria são semelhantes aos da gripe ou tonsilite: problemas respiratórios e dores de garganta. Todavia, quando progride, pode danificar o tecido cardíaco, obstruir os canais respiratórios e provocar a morte. O índice de mortalidade é de um adulto em cada 10 e de uma em cada cinco crianças, as mais vulneráveis.
“Todos os casos de crianças contagiadas se devem à falta de vacinação” consta no comunicado da diretora da divisão de Epidemiologia do Instituto Venezuelano da Previdência Social, recebido pela Fides. O governo prevê um sistema de saúde gratuito, mas os hospitais têm sido afetados pela grave crise econômica do país. Médicos e meios de comunicação locais e internacionais denunciaram a situação de precariedade e a falta de vacinas. Não obstante tenha negado publicamente a gravidade da epidemia, o governo lançou em seguida uma campanha urgente de vacinação e estabeleceu que no Hospital de Guaiparo fossem admitidas apenas crianças com a suspeita de possuir o vírus, para evitar o contágio de outras.
(AP) (15/12/2016 Agência Fides)


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