ÁSIA/ÍNDIA - Iniciativas para acabar com a violência contra as mulheres, um fenômeno difícil de administrar

Sábado, 10 Dezembro 2016 mulher  

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Nova Délhi (Agência Fides) - A Índia, um dos países mais pobres em matéria de segurança da população feminina, assumiu uma série de iniciativas para proteger as mulheres de crimes sexuais. Dentre estes, por ocasião dos Dias de ativismo contra a violência contra as mulheres que terminam hoje, 10 de dezembro, a polícia de Nova Délhi lançou uma iniciativa para interromper a espiral de violência contra as mulheres na cidade, conhecida como a capital da violência. De acordo com informações obtidas por Fides, trata-se de um esquadrão de cidadãos que trabalha para a prevenção da criminalidade e ajuda a manter a ordem.
O grupo, chamado “amigos da polícia”, é composto por camponeses, trabalhadores domésticos e ex-militares. Por sua vez, os responsáveis da polícia criaram seu grupo de mulheres aliadas contra a delinquência. São 40 agentes femininas bem treinadas em artes marciais, vestidas com quimono branco, capazes de se defender e perseguir criminosos e agressores sexuais em todo o país. O grupo monitoriza áreas vulneráveis da cidade, como escolas e estações de metrô.
Segundo um estudo do Comptroller and Auditor General of India (CAG), os crimes contra estupro, abusos sexuais e moléstias aumentaram 60% entre 2010-2011 e 2014-2015. Outro estudo de ActionAid declarou que 79% das mulheres indianas sofreram agressões ou abusos sexuais em ambientes políticos. O aumento das agressões contra mulheres favoreceu diversos projetos solidários, como a iniciativa Blank Noise, cuja campanha #WalkAlone convida as mulheres a romperem o silêncio e caminharem sozinhas para lutar contra o medo dos abusos nas ruas. Além dos gazes irritantes e outros instrumentos de defesa, muitas têm aulas de autodefesa e se unem a grupos de autoajuda. O coletivo feminino Brigada Vermelha, por exemplo, instrui mulheres e meninas sobre técnicas de autodefesa e persegue homens que cometem violências sexuais.
(AP) (10/12/2016 Agência Fides)


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