ÁSIA/LÍBANO - “Missão” libanesa para o Grão-Mufti da Síria: encontros com o Presidente Aoun e o Patriarca Bechara Rai

Sexta, 9 Dezembro 2016 igrejas orientais   política internacional   islã   áreas de crise   sectarismos  

Patriarcato maronita

Bkerkè (Agência Fides) - O xeique Ahmad Badreddin Hassoun, Grão-Mufti da Síria, realizou na quarta-feira, 7 de dezembro, uma breve mas significativa visita ao Líbano, onde foi recebido antes pelo Presidente libanês, Aoun, no palácio presidencial de Baabda, e depois pelo Patriarca maronita Boutros Bechera Rai na sede patriarcal em Bkerkè. As notícias fornecidas pela mídia libanesa não conseguiram verificar se a visita dupla tivesse um objetivo definido.
Nas declarações durante seu período no Líbano, o Grão-Mufti sírio enfatizou a “solidez’ de grande duração das relações sírias e libanesas, e exaltou a “moderação” e “a ética” do Presidente Aoun e sem citar por nome, dirigiu palavras também aos líderes das forças políticas libanesas hostis ao regime de Assad, convidando todos à “reconciliação” e ao “perdão”. O líder religioso sunita também afirmou que “Aleppo não foi destruída, como alguém desejava” e que “agora na Síria e no Líbano existe grande esperança, sob o comando dos presidentes Michel Aoun e Bashar al Assad”.
O ex-general maronita Michel Aoun, de 82 anos, tornou-se presidente libanês no final de outubro depois de um período de presidência vacante que durou quase dois anos e seis meses. No final dos anos oitenta, na primeira fase da guerra civil, era o porta-bandeira da reação libanesa contra o predomínio das forças armadas sírias no País dos Cedros. Naquele tempo, contra os sírios Aoun aceitou a ajuda também militar do líder iraquiano Saddam Hussein, grande inimigo do Rais Hafez al-Assad, em Damasco. De 1990 a 2005 Aoun teve que deixar o Líbano invadido pelo exército sírio e exilar-se na França. Em seu retorno à sua terra natal, em 2005, fundou o Movimento Patriótico Livre e mudou radicalmente a rede de alianças, dando início uma relação exclusiva com o partido xiita Hezbollah e refazendo as relações com a Síria de Bashar al Assad. (GV) (Agência Fides 9/12/2016)


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