VATICANO - A catequese do Santo Padre Bento XVI na audiência geral: “O projeto de salvação tem no Filho a sua plena execução e os fiéis são convidados - sobretudo na liturgia - a proclamá-lo e a viver dos seus frutos”

Cidade do Vaticano (Agência Fides) - Na audiência geral desta manhã, na Praça São Pedro, o Santo Padre Bento XVI, continuando o ciclo de catequese sobre os Salmos e os Cânticos da liturgia das Horas, comentou o Cântico “Cristo, servo de Deus” (Primeiras Vésperas de Domingo da 4ª Semana; leitura: Fil 2,6.9-11). Inserido por São Paulo na Carta aos Filipenses, conforme explicou o Papa, este texto compreende um duplo movimento: descendente e ascendente. “No primeiro, Cristo Jesus, a partir do esplendor da divindade, que lhe pertence por natureza, escolhe descer até a humilhação da ‘morte na cruz’. Ele se mostra assim verdadeiramente homem e nosso redentor, com uma autêntica e plena participação na nossa realidade de dor e de morte - disse o Santo Padre Bento XVI -. O segundo movimento, ascendente, revela a glória pascal de Cristo que, depois da morte, se manifesta novamente no esplendor da sua majestade divina. O Pai, que havia recebido o ato de obediência do Filho na Encarnação e na Paixão, agora o exalta de modo preeminente” e lhe concede “o ‘Nome’ mais excelso, o do ‘Senhor’, o do próprio Deus”.
Nesse hino, a referência à cruz se entrelaça e culmina com o evento da ressurreição: “À obediência sacrifical do Filho segue-se a resposta glorificadora do Pai que se une à adoração por parte da humanidade e do que foi criado. A singularidade de Cristo emerge da sua função de Senhor do mundo redimido que Lhe foi concedida em razão da sua obediência perfeita ‘até a morte’. O projeto de salvação tem no Filho a sua plena execução e os fiéis são convidados - sobretudo na liturgia - a proclamá-lo e a viver dos seus frutos”.
Ao final das saudações em diversas línguas, o Santo Padre recordou: “está prestes a terminar o mês de outubro, mês dedicado ao Santo Rosário. Convido-lhes a recitar com devoção esta oração querida pela tradição do povo cristão. Oremos pelas tantas necessidades da Igreja e do mundo, em especial para as populações atingidas pelo terremoto e pelas calamidades físicas e ambientais. Que nunca venha a faltar o nosso apoio espiritual e material aos que estão em dificuldades.” (S.L.) (Agência Fides 26/10/2005)