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Islamabad (Agência Fides) - Dom Joseph Coutts, Bispo de Faisalabad e diretor da Caritas no Paquistão, acaba de visitar as áreas atingidas e está organizando e coordenando as ajudas às vítimas do terremoto de 8 de outubro. Ele fala da base Caritas de Rawalpindi sobre a situação dos socorros: “os voluntários cristãos trabalham sem parar. O estatuto da Caritas a define como obra de ajuda humanitária, independente de raça, nacionalidade e religião dos destinatários, que são, em grande parte, fiéis muçulmanos”.
Dom Coutts explica: “Estamos trabalhando em estreito contato com o Catholic Relief Service e outros parceiros da Caritas em muitos países (França, Alemanha, Reino Unido, Áustria), que responderam com grande tempestividade e generosidade. Outras organizações, como ‘Ajuda à Igreja que Sofre’ e ‘Missio’, prometeram ajudas. O escritório central está em Rawlapindi e criamos também um centro de distribuição na cidade de Mansehera, 100 km a Norte de Rawalpindi. Esta nos pareceu a escolha mais sensata, pois a cidade é muito próxima da área atingida, embora tenha sofrido leves danos. Daqui, a Caritas envia socorros às áreas atingidas”.
O Bispo explica que “ainda existem muitas aldeias das áreas de montanha que só podem ser alcançadas com helicópteros. Agradecemos o Exército do Paquistão, as Nações Unidas e outras grandes organizações, que ao retornar, trazem feridos e doentes. Os hospitais das cidades estão lotados”.
Dom Coutts diz: “De positivo, nota-se o empenho comum dos paquistaneses, cristãos e não-cristãos. Muitas organizações e grupos cristãos estão trabalhando. O maior desafio agora é coordenar as ajudas e pequenas iniciativas, para que a assistência resulte realmente eficaz”. O Bispo está organizando reuniões contínuas com os diversos organismos cristãos para dividir tarefas e áreas de competência. “São necessárias mantas e tendas, pois o inverno está chegando. A Caritas da Alemanha já enviou 2.200”.
Entretanto, o balanço das vítimas se faz sempre mais trágico, e superou 55.000 mortos. Segundo os observadores, a comunidade internacional ainda dispõe de cerca de três semanas para que as ajudas para o inverno cheguem às populações do norte do Paquistão. Depois, as nevadas e tempestades dificultarão muito o acesso à área. (PA) (Agência Fides 24/10/2005)
