El Paso (Agência Fides) - Na segunda-feira, 15 de fevereiro, por volta das 11h locais, centenas de famílias e residentes na área de fronteira entre México e Estados Unidos se reuniram dos dois lados do confim Anapra/Sunland Park, na impossibilidade de ir amanhã, 17 de fevereiro, em Ciudad Juarez, para participar da visita do Papa Francisco. "Foi uma ocasião importante para as famílias migrantes centro-americanas que não podem ir a Ciudad Juarez, no México, para expressar seus sentimentos e as lutas que enfrentam para poder viver nos Estados Unidos, num momento em que prevalecem políticas e práticas xenófobas", se lê no comunicado enviado a Fides pela Rede de Fronteira para os Direitos Humanos.
Diante da rede que divide os dois países, foram compartilhados vários testemunhos sobre as normas atuais, que influenciam a vida de milhões de residentes na região de fronteira entre Estados Unidos e México.
"O evento histórico e único da visita do Papa na nossa região – continua o comunicado – será utilizado para evidenciar as questões que interessam as famílias migrantes nos Estados Unidos, como a separação familiar, os processos aos refugiados e aos que pedem asilo, os abusos das autoridades, as mortes dos migrantes, etc. Além disso, se falará da crescente militarização das fronteiras, do racismo e da criminalização dos imigrantes”.
Segundo o programa da visita, o Papa Francisco passará próximo da fronteira marcada pela rede metálica, e se aproximará para saudar quem está da outra parte. Às 16h celebrará a Missa em Ciudad Juarez: o palco se encontra a 80 metros da fronteira, e se prevê que do lado estadunidense haverá milhares de pessoas em El Paso, enquanto do lado mexicano são aguardadas 200 mil pessoas. (CE) (Agência Fides, 16/02/2016)