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Manila (Agência Fides) - A luta contra a corrupção é uma prioridade para o bem do país. A política, as associações, a Igreja católica, todos os cidadãos foram chamados para trabalhar pelo crescimento civil e moral da nação. A conclusão de uma fase da recente história política filipina, em que a Presidente em exercício Gloria Arroyo saiu incólume das acusações de fraude eleitoral e corrupção e correu o risco de sofrer um processo de impeachment, Dom Cruz, Arcebispo de Lingayen-Dagupan, voltou a intervir publicamente conclamando o empenho para a defesa dos valores morais.
O Arcebispo observou sobre o risco do reaparecimento do jogo de azar “jueteng”, muito popular nas Filipinas, mas clandestino: um escândalo ligado às apostas ilegais envolveu recentemente também alguns membros da família da Presidente. Segundo Dom Cruz os “senhores de jueteng” corromperam alguns funcionários públicos e, por isso, na administração estatal não há uma luta verdadeira, com todos os meios, contra este câncer da sociedade. Um caso de corrupção com jogo de azar também já havia envolvido em 2001 o Ex-presidente Joseph Estrada.
Segundo os dados divulgados por observadores independentes, o jueteng se espalha por 95% do território nacional filipino e alimenta um movimento de negócios no valor de um milhão de pesos por ano (cerca de 18 milhões de dólares).
Dom Cruz há algum tempo se manifesta estigmatizando a corrupção nas Filipinas como um dos piores males que aflige o país e como um dos principais obstáculos para o crescimento econômico e para a luta contra a pobreza. O país figura nos últimos lugares da classificação elaborada todo ano pelo observatório independente “Transparency International”. (PA) (Agência Fides 28/9/2005)
