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Cabul (Agência Fides) - As eleições políticas realizadas recentemente realizaram-se de modo pacífico e o país deve agora resolver o problema dos refugiados, que se prolonga há décadas. Há sinais encorajadores para o futuro do Afeganistão, afirmam funcionários do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). O organismo da ONU informa que em 2005, mais de 400 mil refugiados afegãos foram repatriados do Paquistão e do Irã, e estão se integrando na sociedade de seu país natal, do qual haviam fugido por causa da guerra.
Desde que se iniciou o programa de repatriação do ACNUR - em 2002, depois da queda do regime dos talebãs - um total de 2,9 milhões de afegãos repatriaram do Paquistão e 1,3 do Irã: um verdadeiro sucesso para o ACNUR, que está realizando a mais imponente operação deste gênero na história. Um censo dos afegãos que vivem no Paquistão, realizado no início deste ano, revelou que três milhões ainda permanecem no país, enquanto 900 mil estão no Irã.
No contexto do programa de repatriação do ACNUR, todo afegão tem direito de assistência para o transporte e a uma soma de 12 dólares para despesas. Aos indivíduos pertencentes a categorias mais desfavorecidas são oferecidos empregos temporários e cursos de formação. Um dos problemas é o fato que muitas pessoas deixaram o Afeganistão vinte e cinco anos atrás e hoje encontram dificuldades em reintegrar-se nas comunidades de origem. O ACNUR está também trabalhando para realizar programas para favorecer a convivência e a solução pacífica das tensões no âmbito das comunidades. (Agência Fides 24/09/2005)
