Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Melbourne (Agência Fides) - O Dia Nacional para a Justiça Social, que a Igreja australiana celebra em 25 de setembro, não deve ser para a comunidade católica exclusivamente uma ocasião de reflexão, mas também um momento no qual expressar solidariedade concreta com aqueles que se sentem sós, desesperados e distantes do amor de Deus: é o que disse Dom Patrick Power, Bispo Auxiliar de Canberra-Goulburn, às vésperas das celebrações que a comunidade australiana está preparando para o Dia de 25 de setembro.
Dom Power referiu-se explicitamente à pastoral dos encarcerados, citando o trecho evangélico em que Jesus diz: “Estava na prisão e viestes a mim” (Mt 25, 31-46).
O Bispo recordou que, segundo dados oficiais, a população carcerária na Austrália está em aumento, e solicitou uma resposta cristã para este fenômeno. Em primeiro lugar, recorda-se que o cárcere não pode ser a única resposta ao crime. O primeiro dever é a prevenção, possível principalmente com os jovens, através de uma necessária obra de educação e de formação aos valores civis.
O segundo passo é substituir o conceito de justiça como ‘punição’ com um percurso de reeducação, com o qual dar a todo indivíduo a possibilidade de se corrigir, de começar uma nova vida e de se reintegrar na sociedade, com uma nova qualificação profissional. Segundo o Bispo, o percurso de reeducação tem uma alta percentagem de sucesso, e resulta muito mais eficaz em relação ao cárcere tradicional.
Para o Dia Nacional da Justiça Social, a Igreja australiana apresentou um documento intitulado “Jesus Cristo, Luz do Mundo: Viver o Evangelho hoje”, que aborda temas relativos à solidariedade cristã.
A Comissão da Igreja australiana para a Pastoral social difundiu a mensagem a todas as paróquias, dioceses, movimentos e institutos católicos, promovendo uma série de iniciativas de sensibilização e de ajudas concretas para grupos mais vulneráveis e marginalizados. (PA) (Agência Fides 19/9/2005)
