AMÉRICA/EQUADOR - “A saúde não pode existir sem uma vida em verdadeira comunhão com os homens e a natureza”. A Assembléia dos povos pede ‘Saúde para todos’

Quinta, 28 Julho 2005

Roma (Agência Fides) - Mais de 1200 pessoas, de 77 países, participaram da segunda Assembléia dos povos em defesa da saúde. No encontro ‘Saúde para todos’, discutiram-se medidas alternativas para tornar a assistência sanitária disponível universalmente.
O evento realizou-se de 17 a 23 de julho em Cuenca, no Equador, com o objetivo de reivindicar o reconhecimento da saúde como direito humano fundamental.
No âmbito do encontro, foi apresentado internacionalmente o primeiro Global Health Watch Report (GHW), Relatório alternativo sobre a saúde no mundo, e realizado o Fórum Global das crianças, do qual participaram 500 crianças. O evento teve como objetivo ‘alfabetizar’ as crianças sobre o ambiente. A Assembléia discutiu, analisou e defendeu a soberania de alimentos típicos regionais, promovendo a assistência, a distribuição e a proteção dos recursos da água, conscientizando sobre a poluição atmosférica e encorajando solidariedade e amor.
Durante o Fórum, houve uma série de atividades baseadas no jogo e na arte. Segunda-feira, professores, crianças e outros participantes discutiram as contradições do mundo: o ar deveria ser mais puro, mas as cidades são poluídas, a água é essencial para a vida, mas milhões de pessoas no mundo não têm acesso. Os jovens participantes discutiram também as mudanças climáticas e a necessidade de proteger as florestas. Segunda-feira, o debate abordou milhões de pessoas que vivem na pobreza extrema, sem um teto, e sobre o trabalho infantil e os efeitos da emigração e da guerra sobre os menores. Quarta-feira discutiu-se sobre segurança e soberania alimentar, como elementos essenciais de uma vida humana, ameaçada pela produção de alimentos com uso de conservantes e compostos agro-químicos tóxicos, e coletores transgênicos.
A primeira Assembléia dos povos em defesa da saúde, realizada no ano passado em Bangladesh, foi um sucesso: reuniu delegados de mais de 70 países, e criou uma rede internacional para a saúde no mundo. (AP) (28/7/2005 Agência Fides)


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