ÁSIA/CORÉIA DO SUL - Dia da Agricultura: a Igreja defende a vida e a dignidade dos trabalhadores da terra

Seul (Agência Fides) - “…e o meu Pai é o agricultor” (Jo 15,1): este é o tema do “Dia da Agricultura”, que a Igreja coreana celebra domingo, 17 de julho. O Dia quer destacar a dignidade do trabalho com a terra, oferecendo uma bênção especial àqueles que, mesmo em uma sociedade industrializada e sempre mais ligada ao setor terciário e às novas tecnologias, dedicam sua vida ao trabalho no campo, ao cultivo das frutas da natureza, que permanecem, no entanto, a fonte primária de alimentação e de sustento para o homem.
Em um documento divulgado pela Comissão Justiça e Paz, a Igreja neste Dia pede ao governo coreano que implante políticas que tutelem os agricultores e não penalizem seu trabalho no sistema da economia de mercado, especialmente no que diz respeito ao cultivo do arroz, alimento base para a sociedade. Além disso, o documento oferece amplo suporte ao movimento “Salvemos os nossos agricultores”, que nasceu para defender a dignidade do trabalho agrícola e dos trabalhadores braçais, com o objetivo de preservar a vida das comunidades rurais através do critério de cooperação.
Dom Boniface Choi Ki San, responsável da “Comissão Justiça e Paz” da Conferência Episcopal, escreveu na mensagem: “Hoje, as comunidades rurais na Coréia atravessam uma grave crise. Estas não sobreviverão se o mercado livre abrir-se de modo indiscriminado a qualidades de arroz mais econômicas e se não forem encontradas soluções para proteger os nossos agricultores. A Igreja só pode estar da parte daqueles que sofrem a pobreza e a marginalização. O governo deveria colocar em prática políticas para permitir que seja respeitado um padrão de sobrevivência para permitir uma vida serena às comunidades rurais”.
O Bispo notou que entre as comunidades urbanas e rurais não deveria existir uma contraposição, mas deveria se estabelecer uma colaboração e uma troca recíproca, pelo bem da nação. (PA) (Agência Fides 15/7/2005)