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Cidade do Vaticano (Agência Fides) - O Salmo 123 é “um cântico de ação de graças entoado por toda a comunidade em oração que eleva a Deus o louvor pelo dom da libertação… um hino para agradecer intensamente ao Senhor por ter superado os perigos e para implorar-lhe a libertação de todo mal”. Assim, o Santo Padre Bento XVI introduziu a sua catequese sobre o Salmo 123 - “O nosso socorro é o nome do Senhor” - Vésperas de Segunda-feira da 3a Semana (Leitura: Sl 123,1-6.8) durante a Audiência Geral na Praça S. Pedro.
Na primeira parte do Salmo, “dominam as águas turvas, símbolo para a Bíblia do caos devastador, do mal e da morte - explicou o Papa -. O orador experimenta agora a sensação de encontrar-se em uma praia, tendo-se salvo milagrosamente da fúria impetuosa do mar. A vida do homem está cercada de embocadas dos malvados, que não só atentam contra sua existência, mas querem destruir também todos os valores humanos. Contudo, o Senhor intervém para tutelar o justo e o salva”.
Na segunda parte, é apresentada uma cena de caça. À evocação do monstro que segura entre seus dentes uma presa, se contrapõe a bênção expressa pelo Salmo: “O destino dos fiéis, que era um destino de morte, mudou radicalmente graças a uma intervenção salvadora”. Também quando caem por terra todas as esperanças humanas, aparece a potência libertadora divina. “O Salmo conclui-se com uma profissão de fé, que há séculos entrou na liturgia cristã como uma premissa ideal de toda oração: «Adiutorium nostrum in nomine Domini, qui fecit caelum et terram - nosso auxílio é o nome do Senhor, que fez o céu e a terra». O Onipotente põe-se em particular do lado das vítimas e dos perseguidos «que estão clamando a ele dia e noite» e «lhes fará logo justiça».”
Saudando os grupos de peregrinos presentes depois da catequese, o Santo Padre confirmou a decisão de convocar a Segunda Assembléia Especial para a África do Sínodo dos Bispos: “Saúdo os membros do Conselho especial para a África do Sínodo dos Bispos, reunidos nesses dias na Secretaria Geral do Sínodo. Confirmando o que meu venerado predecessor decidiu em 13 de novembro do ano passado, desejo anunciar a minha intenção de convocar a Segunda Assembléia Especial para a África do Sínodo dos Bispos. Nutro grande confiança que tal encontro marcará um ulterior impulso para o continente africano à evangelização, à consolidação e ao crescimento da Igreja e à promoção da reconciliação e da paz”. (S.L.) (Agência Fides 22/6/2005)
