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Quito (Agência Fides) - A Igreja do Equador, atenta aos fenômenos que afetam a população, chamou a atenção várias vezes no passado sobre o crescente descontentamento popular pela crise econômica, social e moral do País. Esta situação pressagia uma perigosa degeneração para a anarquia, a ditadura ou o conflito entre irmãos da mesma nação, como infelizmente se verificou. Nas últimas semanas, o Equador viveu dias de mobilização geral, e manifestações, duramente reprimidas, com o trágico saldo de mortos e feridos, e que levaram à destituição do Presidente Lucio Gutiérrez, duramente contestado pela população.
A Conferência Episcopal Equatoriana, em um Comunicado divulgado em 21 de abril, manifestou seu apoio ao novo Presidente, Alfredo Palacio, pressupondo que o Congresso Nacional efetivou uma sucessão presidencial de acordo com o quadro das normas legais e constitucionais. “A Conferência Episcopal formula votos para que o novo Governo corrija seus passos com o respeito absoluto da lei e da Constituição; e se esforce em dar ao país a paz necessária para o seu desenvolvimento, na escuta permanente das expectativas populares”. Os Bispos lançam um apelo para que o povo e todas as forças sociais e políticas unam esforços pelo bem do País, e solicitem o Congresso Nacional a corrigir alguns comportamentos e medidas, preocupando-se exclusivamente com o bem comum. Enfim, dirigem também uma exortação às Forças Armadas, para que colaborem em reforçar o Estado de Direito tão auspiciado pela nação equatoriana. Amanhã, a Agência Fides publicará uma análise sobre a situação do Equador.
(R.Z.) (Agência Fides 28/4/2005)
