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Padoa (Agência Fides) - A epidemia de Marburg se expande e alcançou o seu ápice: os casos registrados em abril já superaram os de março.
Nos últimos dois dias, foi instituído em Uige um núcleo de coordenação composto pelos representantes da Oms, Cdc (Centers for Disease Control and Prevention), Médicos sem fronteiras, Médicos com a África Cuamm e o diretor provincial. A tarefa de tal organismo é administrar o Hospital, observando as diretrizes internacionais de segurança. Um primeiro passo na gestão da crise, enquanto a epidemia continua, ou melhor, alcança seu ápice.
O Hospital permaneceu aberto, mesmo com as atividades reduzidas, para garantir as condições de segurança dos funcionários. Nesses últimos dias, todos os funcionários do Hospital receberam explicações e cursos de formação sobre como começar a aplicar as regras fundamentais de comportamento. É o que as autoridades competentes chamam de “risco aceitável”, para permitir a todos os agentes ativos na região garantir níveis mínimos de assistência à população local, sem expô-los ao risco do contágio. Trazer as pessoas ao hospital, retomar níveis aceitáveis de cuidados e serviços significa, de fato, introduzir também elementos de riscos de contágio, que devem ser absolutamente controlados.
“A pressão psicológica é alta: a cidade está se esvaziando - referem os médicos de Uige - fala-se somente de morte, de funeral, de corpos a serem removidos.” Mas é dramático o estado de saúde em que se encontra a população exposta ao dúplice drama do perigo de contágio da febre de Marburg e da grave deterioração do nível de cuidados e serviços. “Para garantir uma escrupulosa proteção hospitalar - reitera a delegação de Médicos com a África Cuamm de Uige - é preciso muito material de alto custo; todos prometem, mas nos chega realmente pouco. Por isso necessitamos de ajuda”. (AP) (15/4/2005 Agência Fides)
