ÁSIA/IRAQUE - “OS 12 ANOS DE EMBARGO REDUZIRAM OS IRAQUIANOS A POBREZA, MAS AGORA PENSAMOS NO FUTURO COM ESPERANÇA”, DISSE PE NIZAR, SACERDOTE SÍRIO DE NÍNIVE QUE LANÇA UM APELO PARA AJUDAR OS CRISTÃOS IRAQUIANOS

Sábado, 10 Maio 2003

Bagdá (Agência Fides) – “ Por causa dos 12 anos de embargo internacional, o povo iraquiano empobreceu a extremos” disse Pe. Nizar Semaan, sacerdote sírio da diocese de Nínive que descreve à Agência Fides a situação econômica-social de seu País.
“Quem mais sofreu nos últimos 12 anos foi a classe média e os mais pobres, que no curso deste período conheceram a extrema pobreza”.
Pe. Nizar cita as categorias sociais mais atingidas pelo embargo. “ aposentados, dependentes do estado e os operários que, por exemplo, poderiam comer a carne apenas uma vez a cada 15 dias”.
O sacerdote de Nínive disse porém que “ tudo isso atualmente está definido e é preciso pensar apenas no futuro. Não faz parte do caráter dos cristãos chorar sobre o passado; nós olhamos adiante porque somos cheios de esperança. por isto, gostaria que a consciência do mundo desperte rapidamente para tirar os iraquianos da indigência”.
Pe. Nizar traçou um quadro atualizado da atual situação: “ os aposentados e os dependentes do estado que viviam de seu salário, há dois meses não recebem nada; se pode portanto imaginar qual é o seu drama. È preciso ter presente que a família iraquiana é muito numerosa e que um salário serve apenas para alimentar diversas pessoas. Os operários (cerca de 40% da população) não trabalham há 3 meses antes da guerra”.
No que diz respeito aos cristãos iraquianos, pe. Nizar disse que “nas pequenas vilas cristãs perto de Mosul, foram criadas formas de solidariedade estraordinárias. os cristãos partilham entre si tudo quanto possuem para que todos possam viver d modo decoroso. a Caritas, que está desempenhando um papel importante no País, coordena esta solidariedade espontânea”.
Pe. Nizar lança um apelo a favor dos iraquinaos. “ Me dirijo aos cristãos do mundo e em particular, às organizações eclesiais para que levem ajuda aos cristãos iraquianos. estou disposto também, se necessário, a acompanhar pessoalmente os comboios humanitários às vilas habitadas por cristãos. É importante que em momentos assim difíceis, os cristãos do Iraque se sintam apoiados com força pelos seus irmãos estrangeiros”.
O momento de dificuldade que os iraquianos estão vivendo é marcado também pela epidemia di cólera que atinge Bassora, a segunda cidade do Iraque. segundo a Organização Mundial da saúde, apenas no hospital pediátrico da cidade, dos 200 pacientes que se recuperam a cada dia, 90% estão com diarréia. A Organização Mundial da saúde denuncia também as condições precárias dos hospitais da cidade. Em particular, os laboratórios de análise não estão em grau de funcionar porque todos as instalações foram depredadas. (L.m) (Agência Fides 9/5/2003- linhas: 36, palavras: 461)


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