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Cidade do Vaticano (Agência Fides) - Era o ano 1982 quando a Argentina, na época em conflito com o Reino Unido pela soberania das ilhas Maldivas, recebeu a primeira visita do Santo Padre João Paulo II. Tudo aconteceu rapidamente: a guerra, a tomaia de consciência desta situação, as consequências, a visita do Papa. Um dos cantos compostos para receber o Papa o apresentava como “Mensageiro da Paz”. Sua visita, à qual seguiu o fim da guerra, ajudou a reflectir, como nação, sobre nossas feridas abertas e a encontrar o modo de cura-las. Naquela viagem João Paulo II não ficou muito entre nós, porém nos fez sentir seu amor de Pai e creio que levou consigo muito de nosso calor: e como se a partir daquele momento começasse uma nova relação de amizade que com o tempo tornou-se muito profunda.
Passados 5 anos, em abril de 1987 tivemos a alegria de receber João Paulo II na nossa casa mais uma vez. E porque não dize-lo ? Eu também confirmei minha fé. Tinha uma grande inquietude vocacional, que sua visita desencadeou. Em Janeiro de 1988, alguns meses após sua visita na nossa casa, entrei no noviciado da Ordem dos Pregadores. Posso portanto dizer, que minha fé, junto com minha vocação, cresceu acompanhada pelo seu Magistério. Com o tempo cresceu em mim a sensação que a passagem de João Paulo II na Argentina significou para todos, sem distinção, “deixar uma porta aberta para Jesus”. Parecia que sua mensagem inaugural como Papa, “Não temais! “ se tornasse vida em cada pessoa que havia aberto seu coração para suas palavras, para seus gestos. (Frei Paulo Santiago Zambruno, O.P.) (Agência Fides 7/4/2005)
